... e você está mais do que convidado para conhecer a casa nova! Este querido e estimado espaço migrou agora para o TotalRace, um site que traz no seu DNA muito do que eu sempre busquei imprimir aqui: um painel da F-1 com conteúdo diferenciado e objetivo.
O blog em si continua igualzinho, só com móveis novos, já que ele será a partir de agora feito no WordPress. Fiquem tranqüilos também que tudo o que está aqui, todo esse conteúdo bacana que criamos juntos nestes três anos e meio será migrado para lá.
Portanto, anotem aí o endereço, apareçam por lá e atualizem os seus blogrolls!
http://www.totalrace.com.br/blog/blogdoico/
terça-feira, 22 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
TV BLOGO - AC/DC
Malas prontas, iPod carregado de música até a boca, aquela sensação de estar esquecendo alguma coisa e ânimo redobrado para o início da temporada, tanto pela ansiedade decorrente da pré- ter se esticado mais do que o imaginado quanto pelo fato da primeira corrida acontecer num lugar tão bacana como Melbourne. A jornada começa amanhã cedinho e vai ser longa. Mas, como sempre, vai valer muito a pena e o blog vai trazer vários detalhes direto de onde ocorre a ação a partir de terça-feira. Até lá... aperte o play, aumente o volume no máximo e oi, oi, oi, oi!!!!
sábado, 19 de março de 2011
TV BLOGO - JAMES HINCHCLIFFE IMITA KIMI
Durante o Pole Position de hoje, o Celso Miranda destacou os bons resultados do canadense James Hinchcliffe na pré-temporada da Fórmula Indy. Me lembrei na hora deste divertido vídeo, feito em 2007, em que ele imita Kimi Raikkonen numa hipotética coletiva de imprensa com o finlandês. Quem já viu uma de verdade há de convir que ficou muito parecido. Um figura imitando outro figura. Confira!
sexta-feira, 18 de março de 2011
FOTO DO DIA - GP DA ÁUSTRIA DE 1987
Poucas imagens têm o poder de retratar tão bem uma era específica da Fórmula 1 como essa. O que mais chama a atenção, claro, são as faíscas que marcaram a segunda metade da década de 80, com os assoalhos dos baíxissimos carros da época batendo nas ondulações do show e criando esse visual fantástico (clique para ampliar).
Mas tem mais: o carro é uma Osella, com o piloto italiano Alex Caffi. Era um período em que o grid era repleto de equipes pequenas, aventureiras e com pouca qualidade. E não me lembro de ninguém reclamando disso. Hoje, entrar na Fórmula 1 é cada vez mais complicado e vejo com absoluta simpatia os esforços de gente como Tony Fernandes e John Booth para tocarem suas organizações - a Hispania é outra história, não dá para levar ela a sério pela maneira com que é administrada.
Para encerrar, o instantâneo nos leva ao espetacular circuito de Zeltweg, cujo traçado original era uma verdadeira montanha-russa em altíssima velocidade. Hoje a Áustria não recebe mais a Fórmula 1, o traçado mudou e o autódromo está renascendo neste ano para abrigar outras categorias depois de mais de meia década fechado por conta de idiossincrasias entre os políticos locais.
Enfim, é que nem ver uma foto da Nastassja Kinski em 1983: dá uma nostalgia e uma vontade de voltar no tempo...
Mas tem mais: o carro é uma Osella, com o piloto italiano Alex Caffi. Era um período em que o grid era repleto de equipes pequenas, aventureiras e com pouca qualidade. E não me lembro de ninguém reclamando disso. Hoje, entrar na Fórmula 1 é cada vez mais complicado e vejo com absoluta simpatia os esforços de gente como Tony Fernandes e John Booth para tocarem suas organizações - a Hispania é outra história, não dá para levar ela a sério pela maneira com que é administrada.
Para encerrar, o instantâneo nos leva ao espetacular circuito de Zeltweg, cujo traçado original era uma verdadeira montanha-russa em altíssima velocidade. Hoje a Áustria não recebe mais a Fórmula 1, o traçado mudou e o autódromo está renascendo neste ano para abrigar outras categorias depois de mais de meia década fechado por conta de idiossincrasias entre os políticos locais.
Enfim, é que nem ver uma foto da Nastassja Kinski em 1983: dá uma nostalgia e uma vontade de voltar no tempo...
quinta-feira, 17 de março de 2011
FÓRMULA 1 2011: COM OU SEM EMOÇÃO?
Nos últimos meses já discutimos muito as questões relativas às novidades no regulamento da Fórmula 1 para 2011 e falamos um pouco também sobre o potencial de carro. Chegou a hora de juntar tudo isso para formar uma ideia do que será a temporada deste ano. A disputa pelo título vai ser tão acirrada como a do ano passado? As corridas ficarão mais emocionantes? Vamos analisar:
CONTRA UM ANO BOM
Desequilíbrio - A Red Bull parece ter um ritmo de corrida superior ao resto. Para piorar, o RB7 apresentou uma excelente confiabilidade nos testes de pré-temporada, sanando o calcanhar de aquiles de seu antecessor, que fez o time perder muitos pontos no início do ano passado. Podemos ter um ano inteiramente dominado por uma só equipe.
Confusão - Acho que demoraremos um bom tempo para nos acostumar com os sinais que surgirão na tevê indicando que um piloto pode acionar a asa traseira móvel e para ficar de olho nas linhas que delimitam sua zona de acionamento. Além desta regra complicada, podemos ter corridas com até quatro paradas por conta do desgaste dos pneus. Não vai ser fácil manter a visão geral do que está acontecendo o tempo todo.
Artificialismo - Há um certo medo de que a asa móvel e o KERS possam banalizar aquele momento que é o verdadeiro gol no automobilismo, a ultrapassagem. Com a asa garantindo até 12 km/h a mais de velocidade final de reta para quem está atrás, os pilotos devem se abster de arriscar uma ultrapassagem num ponto inesperado, aguardando a chegada desse ponto delimitado em que terão esta vantagem para atacar. Isso tornaria as disputas um tanto previsíveis.
A FAVOR DE UM ANO BOM
Equilíbrio - Sim, a Red Bull parece ter saído da pré-temporada na frente, mas isto não significa que as outras não vão alcançá-la. Pelo contrário: a Ferrari foi o time que mais acumulou quilometragem neste inverno, adquirindo uma ampla base de dados para entender e desenvolver o seu carro. E o 150º Italia, apesar de conservador, mostrou ser veloz e constante. Traz consigo um baita potencial para equilibrar a briga. Já o MP4-26 da McLaren nasceu repleto de problemas e o time tem muito trabalho pela frente para torná-lo competitivo. Mas não faltam recursos humanos, técnicos e financeiros para isso em Woking. Se não perder muitos pontos no começo do ano, a dupla do time inglês pode se manter firma na briga pelo título por algum tempo.
Confusão - Mesmo um piloto experiente como o alemão Nick Heidfeld admite que nunca foi para abertura de uma temporada sem ter a menor ideia da distribuição de forças do grid. A combinação do desgaste dos pneus Pirelli com as mudanças no regulamento técnico e desportivo criou um cenário de pesadelo para um turma de engenheiros acostumada a ir para uma corrida com o roteiro do final de semana inteiramente simulado nos computadores. Desta vez está todo mundo tateando no escuro, o que abre maiores possibilidades para erros humanos nas estratégias e para resultados surpreendentes, o que é sempre bacana.
Dinamismo - A temporada de 2011 se desenha como um ano de muita ação na pista. Independente da questão das asas móveis, uma regra que eu realmente acho uma besteira. Mas o grande fator - vale a pena repetir - será a performance dos pneus, que varia muito de acordo com o composto que cada um utiliza e quantas voltas cada jogo já cumpriu. Isto vai garantir carros com velocidades muito distintas na pista o tempo inteiro. Para ter uma ideia, busque algum vídeo do GP do Canadá do ano passado. Teve até carro da Hispania brigando com Mercedes! Se o tom for este, as corridas serão bem legais.
+++
No fundo, o exercício acima mostra que há tantas incertezas neste ano, mais do que há muito tempo, que no momento tudo o que podemos fazer é olhar o copo meio cheio ou meio vazio. E vamos precisar de umas três corridas de paciência para entender se este volume de emoções vai variar para cima ou para baixo do copo. Você apostaria em qual direção?
(Foto GEPA/Red Bull)
CONTRA UM ANO BOM
Desequilíbrio - A Red Bull parece ter um ritmo de corrida superior ao resto. Para piorar, o RB7 apresentou uma excelente confiabilidade nos testes de pré-temporada, sanando o calcanhar de aquiles de seu antecessor, que fez o time perder muitos pontos no início do ano passado. Podemos ter um ano inteiramente dominado por uma só equipe.
Confusão - Acho que demoraremos um bom tempo para nos acostumar com os sinais que surgirão na tevê indicando que um piloto pode acionar a asa traseira móvel e para ficar de olho nas linhas que delimitam sua zona de acionamento. Além desta regra complicada, podemos ter corridas com até quatro paradas por conta do desgaste dos pneus. Não vai ser fácil manter a visão geral do que está acontecendo o tempo todo.
Artificialismo - Há um certo medo de que a asa móvel e o KERS possam banalizar aquele momento que é o verdadeiro gol no automobilismo, a ultrapassagem. Com a asa garantindo até 12 km/h a mais de velocidade final de reta para quem está atrás, os pilotos devem se abster de arriscar uma ultrapassagem num ponto inesperado, aguardando a chegada desse ponto delimitado em que terão esta vantagem para atacar. Isso tornaria as disputas um tanto previsíveis.
A FAVOR DE UM ANO BOM
Equilíbrio - Sim, a Red Bull parece ter saído da pré-temporada na frente, mas isto não significa que as outras não vão alcançá-la. Pelo contrário: a Ferrari foi o time que mais acumulou quilometragem neste inverno, adquirindo uma ampla base de dados para entender e desenvolver o seu carro. E o 150º Italia, apesar de conservador, mostrou ser veloz e constante. Traz consigo um baita potencial para equilibrar a briga. Já o MP4-26 da McLaren nasceu repleto de problemas e o time tem muito trabalho pela frente para torná-lo competitivo. Mas não faltam recursos humanos, técnicos e financeiros para isso em Woking. Se não perder muitos pontos no começo do ano, a dupla do time inglês pode se manter firma na briga pelo título por algum tempo.
Confusão - Mesmo um piloto experiente como o alemão Nick Heidfeld admite que nunca foi para abertura de uma temporada sem ter a menor ideia da distribuição de forças do grid. A combinação do desgaste dos pneus Pirelli com as mudanças no regulamento técnico e desportivo criou um cenário de pesadelo para um turma de engenheiros acostumada a ir para uma corrida com o roteiro do final de semana inteiramente simulado nos computadores. Desta vez está todo mundo tateando no escuro, o que abre maiores possibilidades para erros humanos nas estratégias e para resultados surpreendentes, o que é sempre bacana.
Dinamismo - A temporada de 2011 se desenha como um ano de muita ação na pista. Independente da questão das asas móveis, uma regra que eu realmente acho uma besteira. Mas o grande fator - vale a pena repetir - será a performance dos pneus, que varia muito de acordo com o composto que cada um utiliza e quantas voltas cada jogo já cumpriu. Isto vai garantir carros com velocidades muito distintas na pista o tempo inteiro. Para ter uma ideia, busque algum vídeo do GP do Canadá do ano passado. Teve até carro da Hispania brigando com Mercedes! Se o tom for este, as corridas serão bem legais.
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No fundo, o exercício acima mostra que há tantas incertezas neste ano, mais do que há muito tempo, que no momento tudo o que podemos fazer é olhar o copo meio cheio ou meio vazio. E vamos precisar de umas três corridas de paciência para entender se este volume de emoções vai variar para cima ou para baixo do copo. Você apostaria em qual direção?
(Foto GEPA/Red Bull)
quarta-feira, 16 de março de 2011
TV BLOGO - HERBIE HANCOCK
Mais uma da série “are youtube kidding me?” - Herbie Hancock ao vivo naquela que, para mim, é sua fase mais criativa. A música é “Sly”, do lendário disco “Headhunters”. Acho bacana como a percussão era presente no jazz de vanguarda da época. Pena que sumiu dele hoje em dia. Aperte o play e boa audição!
terça-feira, 15 de março de 2011
GANBATTE KUDASAI!
Há dias ficamos boquiabertos com as imagens que chegam do Japão. Terremoto, Tsunami, vazamento radiativo: uma inacraditável sucessão de acontecimentos que está colocando à prova os nervos de um povo conhecido por sua incrível paciência. A sensação de impotência diante de algo que foge ao controle de todos é muito aflitiva.
Eu já vivi um terremoto e tenho alguma ideia sobre isso. Na madrugada 14 de agosto de 2003, a terra tremeu na escala 6.2 num epicentro perto da ilha de Lefkada, na Grécia. Eu estava ali perto, em Kefalonia, e fui acordado pela tremedeira da cama. Tudo muito rápido, não chegou a dar um minuto: deu tempo de levantar e sair correndo para a rua antes do tremor parar. Sorte que a região já havia sido fortemente destruída por um terremoto ainda maior em 1953 e, desde então, todas as construções foram feitas para suportar as intempéries das placas tectônicas.
Os relatos que chegam de Tóquio dão conta que o tremor que chegou na casa de 9 da escala Richter durou mais que três (!) minutos. Só isso dá uma dimensão do tamanho do que aconteceu. Depois foi a força inacreditável de um Tsunami que varreu cidades inteiras como se as casas fossem feitas de papel. Para piorar, os efeitos destas duas tragédias destruíram os dispositivos de segurança dos reatores da usina atômica de Fukushima e a preocupação agora é evitar uma enorme tragédia nuclear nos moldes de Chernobyl - ou pior, dada a alta densidade demográfica do Japão.
No ano passado, fiz uma jornada inesquecível por um país encantador. O que mais me chamou a atenção foi a visita ao Museu do Memorial da Paz em Hiroshima. Foi tocante ver como existe uma preocupação de manter a tragédia e os horrores de uma bomba atômica sempre frescos na cabeça das pessoas para que isso nunca mais se repita. Li ainda no final do ano o ótimo livro “O Último Trem De Hiroshima”, trazendo os relatos dos sobreviventes desta cidade e de Nagasaki. O Japão enfrenta agora uma segunda tragédia nuclear, desta vez no Norte do país.
Colocar a culpa nos próprios japoneses por construírem usinas atômicas numa terra propensa a terremotos é ser hipócrita e simplista demais. Diante das quantidades imensas de energia que a humanidade consome, esta alternativa é comum em todos os cantos do planeta: Europa, Estados Unidos e mesmo no Brasil, onde os militares ainda fizeram o favor de construir uma usina justamente entre as duas cidades mais populosas do país - e num lugar chamado Itaorna. Tivessem algum conhecimento de Tupi-Guarani, saberiam que o significado da palavra é “pedra podre”, porque os índios sabiam que o solo ali é absolutamente instável. Há dois verões a região de Angra dos Reis foi severamente castigada por deslizamentos de terra, um problema recorrente no Brasil. Se parte da enorme montanha acima dos reatores de Angra resolver ceder, será que a estrutura vai agüentar? Você se sente seguro?
O ponto central do que está acontecendo no Japão é esse. A questão energética é algo que deve ser debatido com urgência e a busca por energias alternativas limpas deve nortear esse trabalho. O que você pode fazer para ajudar? Comece cobrando os políticos da sua cidade, estado, país, estudando as propostas que cada um tem para o assunto antes de digitar seu voto na urna eletrônica. Com os dois principais partidos do Brasil, o PT e o PSDB, apoiando a construção desse verdadeiro assassinato ecológico chamado Usina de Belo Monte - só para atender aos interesses de vários setores, principalmente das grandes construtoras, que contribuem para suas campanhas - você pode ter uma ideia do trabalho que temos pela frente.
Importante vai ser também ficar de olho no que vai acontecer no Japão nos próximos meses. Uma das coisas que mais me chamou a atenção naquele povo é sua capacidade de aprender em cima de erros e de fatos; e de pensar no bem coletivo antes do individual. Talvez o palco da tragédia de hoje vai nos apontar os caminhos a se seguir amanhã. Fica a nossa torcida para que esse processo de lidar com emergência, de aprendizado e de reconstrução ocorra da forma mais suave e menos danosa possível. Ganbatte Kudasai!
Eu já vivi um terremoto e tenho alguma ideia sobre isso. Na madrugada 14 de agosto de 2003, a terra tremeu na escala 6.2 num epicentro perto da ilha de Lefkada, na Grécia. Eu estava ali perto, em Kefalonia, e fui acordado pela tremedeira da cama. Tudo muito rápido, não chegou a dar um minuto: deu tempo de levantar e sair correndo para a rua antes do tremor parar. Sorte que a região já havia sido fortemente destruída por um terremoto ainda maior em 1953 e, desde então, todas as construções foram feitas para suportar as intempéries das placas tectônicas.
Os relatos que chegam de Tóquio dão conta que o tremor que chegou na casa de 9 da escala Richter durou mais que três (!) minutos. Só isso dá uma dimensão do tamanho do que aconteceu. Depois foi a força inacreditável de um Tsunami que varreu cidades inteiras como se as casas fossem feitas de papel. Para piorar, os efeitos destas duas tragédias destruíram os dispositivos de segurança dos reatores da usina atômica de Fukushima e a preocupação agora é evitar uma enorme tragédia nuclear nos moldes de Chernobyl - ou pior, dada a alta densidade demográfica do Japão.
No ano passado, fiz uma jornada inesquecível por um país encantador. O que mais me chamou a atenção foi a visita ao Museu do Memorial da Paz em Hiroshima. Foi tocante ver como existe uma preocupação de manter a tragédia e os horrores de uma bomba atômica sempre frescos na cabeça das pessoas para que isso nunca mais se repita. Li ainda no final do ano o ótimo livro “O Último Trem De Hiroshima”, trazendo os relatos dos sobreviventes desta cidade e de Nagasaki. O Japão enfrenta agora uma segunda tragédia nuclear, desta vez no Norte do país.
Colocar a culpa nos próprios japoneses por construírem usinas atômicas numa terra propensa a terremotos é ser hipócrita e simplista demais. Diante das quantidades imensas de energia que a humanidade consome, esta alternativa é comum em todos os cantos do planeta: Europa, Estados Unidos e mesmo no Brasil, onde os militares ainda fizeram o favor de construir uma usina justamente entre as duas cidades mais populosas do país - e num lugar chamado Itaorna. Tivessem algum conhecimento de Tupi-Guarani, saberiam que o significado da palavra é “pedra podre”, porque os índios sabiam que o solo ali é absolutamente instável. Há dois verões a região de Angra dos Reis foi severamente castigada por deslizamentos de terra, um problema recorrente no Brasil. Se parte da enorme montanha acima dos reatores de Angra resolver ceder, será que a estrutura vai agüentar? Você se sente seguro?
O ponto central do que está acontecendo no Japão é esse. A questão energética é algo que deve ser debatido com urgência e a busca por energias alternativas limpas deve nortear esse trabalho. O que você pode fazer para ajudar? Comece cobrando os políticos da sua cidade, estado, país, estudando as propostas que cada um tem para o assunto antes de digitar seu voto na urna eletrônica. Com os dois principais partidos do Brasil, o PT e o PSDB, apoiando a construção desse verdadeiro assassinato ecológico chamado Usina de Belo Monte - só para atender aos interesses de vários setores, principalmente das grandes construtoras, que contribuem para suas campanhas - você pode ter uma ideia do trabalho que temos pela frente.
Importante vai ser também ficar de olho no que vai acontecer no Japão nos próximos meses. Uma das coisas que mais me chamou a atenção naquele povo é sua capacidade de aprender em cima de erros e de fatos; e de pensar no bem coletivo antes do individual. Talvez o palco da tragédia de hoje vai nos apontar os caminhos a se seguir amanhã. Fica a nossa torcida para que esse processo de lidar com emergência, de aprendizado e de reconstrução ocorra da forma mais suave e menos danosa possível. Ganbatte Kudasai!
segunda-feira, 14 de março de 2011
TV BLOGO - KERS E ASA MÓVEL
Para quem quiser entender um pouco mais sobre o funcionamento do KERS e o das asas móveis, vale a pena assistir este vídeo explicativo feito pela Red Bull. Só é uma pena que tenha tanta coisa a explicar. Regras mais simples fariam um bem danado ao esporte!
TV BLOGO - SLY & THE FAMILY STONE
Muito bacana essa versão do clássico “If You Want To Me Stay” com uma roupagem semi-acústica e um Sly completamente descontraído. Aperte o play e... funk-se quem puder!
A LÓGICA DECISÃO
Para acalmar o frenesi de criativos setores da imprensa italiana que arrumam interpretações interessantes para as costumeiras brincadeiras de Sebastian Vettel, a Red Bull anunciou há pouco a extensão do contrato do alemão até o final de 2014. Algo que era claro desde o início da pré-temporada, quando o RB7 deu demonstrações de ser o carro melhor preparado para as primeiras corridas do ano. O acordo de Sebastian Vettel com a Red Bull vem desde os tempos de kart do garoto, em 1998. E a base é simples: o patrocinador banca um equipamento bom, o moleque retribui com vitórias e títulos. Tem funcionado desde então e não vai mudar enquanto cada parte continuar a cumprir sua palavra.
(Foto Red Bull)
(Foto Red Bull)
“SÓ” COM O PÉ EMBAIXO
Falta pouco para o início da temporada. Em dez dias a comunidade da Fórmula 1 estará reunida no agradável paddock do circuito de Albert Park para as entrevistas de uma quinta-feira pré-GP - no final das contas, o legítimo protesto dos desfavorecidos no Bahrein acabou tendo o pouco significativo efeito de colocar a abertura da temporada num lugar que a merece. E um tema recorrente será a questão do uso das asas móveis.
A FIA deve ratificar neste semana de forma oficial aquela regra dos 600 metros delimitados para o uso do dispositivo. Em Melbourne, o trecho liberado será toda a extensão da reta dos boxes, com o ponto que mede se a distância entre competidores é menor que um segundo sendo colocado três (!) curvas antes dela. Na Malásia (reta dos boxes) e na China (reta mais longa, entre curvas 13 e 14), a medição será feita na curva imediatamente anterior à reta.
Nos treinos livres e na classificação, os pilotos poderão usar a asa móvel a bel prazer. O que deixa um certo ar de preocupação em relação à segurança. Na sua participação no “Pole Position” do último sábado, Luiz Razia explicou que a asa móvel só pode ser acionada com o pé embaixo - ou seja, com o curso do acelerador 100% acionado.
Bom, pelo menos nenhum sem noção vai tentar fazer a Mirabeau, em Mônaco, sem o apoio aerodinâmico necessário. Mas o risco persiste. Na busca por décimos de segundo, a turma com certeza vai acionar a asa móvel em trechos como a curva 3 de Barcelona, a 8 de Istambul, a nova Abbey ou a Eau Rouge. E se a lâmina paralela ao solo retirar uma fundamental carga aerodinâmica que mantinha o carro na pista? Justo em pontos de altíssimas velocidades?
Pelo jeito, só saberemos na prática. Torcendo para que ninguém se machuque.
(Foto Williams)
A FIA deve ratificar neste semana de forma oficial aquela regra dos 600 metros delimitados para o uso do dispositivo. Em Melbourne, o trecho liberado será toda a extensão da reta dos boxes, com o ponto que mede se a distância entre competidores é menor que um segundo sendo colocado três (!) curvas antes dela. Na Malásia (reta dos boxes) e na China (reta mais longa, entre curvas 13 e 14), a medição será feita na curva imediatamente anterior à reta.
Nos treinos livres e na classificação, os pilotos poderão usar a asa móvel a bel prazer. O que deixa um certo ar de preocupação em relação à segurança. Na sua participação no “Pole Position” do último sábado, Luiz Razia explicou que a asa móvel só pode ser acionada com o pé embaixo - ou seja, com o curso do acelerador 100% acionado.
Bom, pelo menos nenhum sem noção vai tentar fazer a Mirabeau, em Mônaco, sem o apoio aerodinâmico necessário. Mas o risco persiste. Na busca por décimos de segundo, a turma com certeza vai acionar a asa móvel em trechos como a curva 3 de Barcelona, a 8 de Istambul, a nova Abbey ou a Eau Rouge. E se a lâmina paralela ao solo retirar uma fundamental carga aerodinâmica que mantinha o carro na pista? Justo em pontos de altíssimas velocidades?
Pelo jeito, só saberemos na prática. Torcendo para que ninguém se machuque.
(Foto Williams)
domingo, 13 de março de 2011
FOTO DO DIA - TÊNIS
MAIS UM CHOQUE DE REALIDADE
No mês passado, discutimos aqui como o modelo de lucro aplicado por Bernie Ecclestone na organização de GPs era inadequado aos tempos atuais. Nesta semana, ele recebeu um novo choque de realidade: a BBC, que pagou caro para tomar da ITV os direitos de cobertura da categoria na Grã-Bretanha, pode desistir do negócio e abrir mão da F-1 ao final do atual contrato, no final de 2014. Vale lembrar que o dinheiro pago pelas tevês é a outra grande fonte de lucro comercial da categoria.
Estima-se que a emissora britânica paga aos cofres da FOM cerca de 40 milhões de libras anuais (mais de R$ 100 milhões). Desse tempo que eu acompanho a F-1 do lado de dentro, me chama a atenção como o excelente trabalho que a BBC faz é facilitado ainda pelo fato dos times abrirem suas portas e estenderem tapetes vermelhos para seus integrantes. Pautas malucas, criativas, exclusivas a bel-prazer? Isso nunca é problema. A influência dela lá dentro é enorme, bem maior do que a ITV tinha, e essa saída deve ser sentida.
Mas não surpreende ser este o primeiro ponto de corte de uma empresa na busca por diminuir os gastos. Além de custar caro, o produto comprado é cada vez mais obtuso aos olhos do telespectador, com regras que mudam a cada ano e tornam o espetáculo mais difícil de compreender para o cidadão comum, que não está mergulhado nas nuances da F-1. A audiência cai e, com isso, fica difícil justificar aos anunciantes os altíssimos valores cobrados para conseguir equilibrar a conta. Vamos lembrar que outra emissora européia, a Sky Italia, desistiu da cobertura no início do ano passado. Isso já está com cara de tendência.
Ainda que a categoria continue a exercer um fascínio muito grande, ela estaria muito melhor se as pessoas que tomam a decisão lá dentro pensassem unidas para o bem comum, ao invés de ficar cada um puxando o cobertor pro seu lado. Será que uma hora cai a ficha?
Estima-se que a emissora britânica paga aos cofres da FOM cerca de 40 milhões de libras anuais (mais de R$ 100 milhões). Desse tempo que eu acompanho a F-1 do lado de dentro, me chama a atenção como o excelente trabalho que a BBC faz é facilitado ainda pelo fato dos times abrirem suas portas e estenderem tapetes vermelhos para seus integrantes. Pautas malucas, criativas, exclusivas a bel-prazer? Isso nunca é problema. A influência dela lá dentro é enorme, bem maior do que a ITV tinha, e essa saída deve ser sentida.
Mas não surpreende ser este o primeiro ponto de corte de uma empresa na busca por diminuir os gastos. Além de custar caro, o produto comprado é cada vez mais obtuso aos olhos do telespectador, com regras que mudam a cada ano e tornam o espetáculo mais difícil de compreender para o cidadão comum, que não está mergulhado nas nuances da F-1. A audiência cai e, com isso, fica difícil justificar aos anunciantes os altíssimos valores cobrados para conseguir equilibrar a conta. Vamos lembrar que outra emissora européia, a Sky Italia, desistiu da cobertura no início do ano passado. Isso já está com cara de tendência.
Ainda que a categoria continue a exercer um fascínio muito grande, ela estaria muito melhor se as pessoas que tomam a decisão lá dentro pensassem unidas para o bem comum, ao invés de ficar cada um puxando o cobertor pro seu lado. Será que uma hora cai a ficha?
TV BLOGO - WAKING VISION
O Ba me indicou este som nos comentários de algum post dessa semana, e foi daqueles casos de vício à primeira audição. Nunca tinha ouvido falar do Waking Vision e, fuçando na Internet, não descobri muito mais além do fato deles serem de Nova York. Não importa. O legal é esse puro tilintar de um Jazz Fusion de primeira linha. Criativo, ousado, inspirador. Assim que tem que ser. Aperte o play e... segure-se!
sábado, 12 de março de 2011
BOTÕES E BORBOLETAS
Quando estive no teste em Valência, me coloquei num ponto acima dos boxes da Ferrari na tentativa de fazer um “Spy Shot” do volante do carro deles, para tentar entender como eles distribuíram toda a “botoneira” que a peça carrega neste ano. Não deu para chegar à uma conclusão clara, até porque eu não consegui acertar o foco (clique nas imagens acima e abaixo para ampliar).
Me chamou a atenção foi um pseudo botão com a letra “K” na parte superior direita. Só que, na foto abaixo dá para ver claramente, não há um botão lá. Parece apenas um adesivo - talvez para iludir as lentes de possíveis bisbilhoteiros como eu.
Complementando a busca, surge uma informação interessante: a Ferrari - e aparentemente, a McLaren - optou por colocar na parte de trás do volante os botões para o acionamento do KERS e também da asa móvel. Uma solução até lógica, já que seus pilotos nem precisariam buscar o botão certo na frente do volante, onde quase não há uma superfície livre.
Vale lembrar que, na parte de trás, já existem quatro borboletas: as duas que mudam as marchas e duas para acionar a embreagem dupla durante as largadas. Ao que tudo indica, outras equipes, inclusive a Red Bull, trabalham para copiar esta solução. Mas não será possível aprontá-la a tempo dos primeiros GPs da temporada. Não é à toa que vimos gente como Sebastian Vettel reclamar bastante do excesso de botões, enquanto Felipe Massa sempre disse que estava tudo bem. Neste quesito, vermelhos e prateados-cromados devem começar o ano com uma pequena vantagem.
+++
EDIT: O José Inácio Pilar aproveitou para me mandar a foto abaixo, onde aparece um botão na parte traseira do volante da Ferrari, o que ilustra esta informação. O Maurício Nascimento indica esse vídeo onde um engenheiro da Ferrari explica tudo - a partir do minuto 15:22. Há um outro botão similar no lado da empunhadura da mão direita. Parece uma solução bem simples de se copiar, vamos pesquisar em Melbourne quem estará trabalhando desse jeito.
(Fotos Luis Fernando Ramos - reprodução de vídeo da Ferrari)
Me chamou a atenção foi um pseudo botão com a letra “K” na parte superior direita. Só que, na foto abaixo dá para ver claramente, não há um botão lá. Parece apenas um adesivo - talvez para iludir as lentes de possíveis bisbilhoteiros como eu.
Complementando a busca, surge uma informação interessante: a Ferrari - e aparentemente, a McLaren - optou por colocar na parte de trás do volante os botões para o acionamento do KERS e também da asa móvel. Uma solução até lógica, já que seus pilotos nem precisariam buscar o botão certo na frente do volante, onde quase não há uma superfície livre.
Vale lembrar que, na parte de trás, já existem quatro borboletas: as duas que mudam as marchas e duas para acionar a embreagem dupla durante as largadas. Ao que tudo indica, outras equipes, inclusive a Red Bull, trabalham para copiar esta solução. Mas não será possível aprontá-la a tempo dos primeiros GPs da temporada. Não é à toa que vimos gente como Sebastian Vettel reclamar bastante do excesso de botões, enquanto Felipe Massa sempre disse que estava tudo bem. Neste quesito, vermelhos e prateados-cromados devem começar o ano com uma pequena vantagem.
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EDIT: O José Inácio Pilar aproveitou para me mandar a foto abaixo, onde aparece um botão na parte traseira do volante da Ferrari, o que ilustra esta informação. O Maurício Nascimento indica esse vídeo onde um engenheiro da Ferrari explica tudo - a partir do minuto 15:22. Há um outro botão similar no lado da empunhadura da mão direita. Parece uma solução bem simples de se copiar, vamos pesquisar em Melbourne quem estará trabalhando desse jeito.
(Fotos Luis Fernando Ramos - reprodução de vídeo da Ferrari)
TV BLOGO - GPL BRASIL AINTREE 65
A nossa liga virtual de Grand Prix Legends viveu na última etapa um strike digno de Spa-98 na largada. Mas a corrida no circuito inglês de Aintree foi das mais divertidas mesmo assim, juntando um grid cheio com pilotos de todos os níveis. Quer se juntar a nós e se divertir com um simulador que é gratuito, não requer CD e apenas um pouco de habilidade? Entre no fórum, leia os tutoriais e, na dúvida, pergunte pro povo que eles sabem tudo!
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