sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

UM OUTRO CAMINHO

A semana está chegando ao fim e trouxe consigo três notícias muito positivas em relação às carreiras de alguns pilotos brasileiros. Enrique Bernoldi decidiu voltar ao automobilismo estrangeiro e vai correr na CART; Ricardo Zonta deve disputar as 24 Horas de Le Mans com o fantástico Peugeot 908 Hdi; e Lucas di Grassi foi confirmado como piloto-reserva da equipe Renault de Fórmula 1.

Este último teve seu futuro colocado em dúvidaalguns meses, quando o time francês anunciara o local Romain Grosjean como piloto de testes. Mas diante da relativa inexperiência do novato com um F-1 e do fato dele estar escalado para lutar pelo título na GP2 pela equipe ART – a mesma que abrigou Di Grassi no ano passado –, a Renault tomou a decisão correta de ter o brasileiro à mão para qualquer eventualidade. Sabe que, caso necessário, terá um piloto rápido e competente para fazer o que lhe for solicitado. Para ele, a oportunidade de mostrar sua competência e estar em contato próximo com o mundo da Fórmula 1, uma categoria na qual Di Grassi – vencedor em Macau, vice da GP2 – faz por merecer um lugar.

Bernoldi e Zonta são dois que passaram pela F-1 e, no ano passado, militaram na Stock Car (o segundo até virou dono de equipe por e vai correr neste ano). Um sinal claro que a categoria brasileira cresceu sua receita e virou uma ótima alternativa para pilotos competentes tocarem suas vidas. O que é ótimo, para eles e para ela. Mas uma coisa sempre me incomodou: ver gente do quilate destes dois, ou dos irmãos Sperafico, ou um Antonio Pizzonia, gente que obteve muito sucesso correndo no Exterior, ao comando de um carro que, do ponto de vista de performance, deixa muito a desejar. Esta turma é jovem e vê-los buscando outras alternativas para aliar estabilidade profissional (coisa que a Stock oferece) com a chance de pilotar um carro de altíssima performance (coisa que, convenhamos, a Stock não oferece) é talvez a grande notícia da semana.

Boa sorte aos três na empreitada!

5 comentários:

Anônimo disse...

Ico,
Na sua opinião, a GT3 é um bom caminho a seguir? São excelentes carros. Entendo que o $$ ainda não é o suficiente, mas acredito que essa categoria tem tudo para dar certo, ainda mais com o Piquet nela.
Abraços

Misterioso disse...

Ico, só uma correção, a CART faliu em 2003 e foi comprada por um grupo que nomeou a categoria como Champ Car World Series.

João Carlos Viana disse...

Sempre tenho a impressão de que os pilotos que chegam na Stock vindo de fora estão na categoria à força. A Stock é fraquissima tecnicamente e ultimamente está se mostrando também perigosa!
Abraços!

Ico (Luis Fernando Ramos) disse...

Risardo, perfeito, eu sempre me embanano com o nome da categoria. E, Thiago, se eu fosse piloto, ficaria mais seduzido pelos carros da GT3 do que os da Stock, sem dúvida nenhuma.

Anônimo disse...

Com relação ao que disse João Carlos Viana, não é que piloto "que vem de fora" para a Stock Car vem a força. Na realidade, qualquer piloto quando sai do trilho da F1 (isto é, Formula Renault ou BMW, F3, GP2) escolhe outro caminho a força. Ou você acha que a Bia Figueiredo sempre sonhou em correr na Indy, ou que o Max Wilson quando era criancinha dizia para seus amiguinhos "Quando eu crescer vou ser piloto do V8 Supercars na Austrália", ou que o Augusto Farfus imaginava que sua carreira ia leva-lo ao WTCC? A propósito Ico: o Bernoldi trocar a Stock pela ChampCar não é trocar 6 por meia dúzia, ou talvez trocar 6 por 4, pois além de não ter muito retorno correndo por lá ninguém garante que a categoria chega ao final do ano.