Nunca o sonho de um título se desfez de forma tão dramática como para Nigel Mansell no GP da Austrália de 1986. Faltavam 19 voltas para o final quando o pneu traseiro esquerdo do seu carro simplesmente se desfez em plena reta do circuito de Adelaide. O inglês ocupava a terceira posição, que lhe garantiria o campeonato, com quase uma volta de vantagem sobre o quarto colocado quando o problema aconteceu. Teve sorte e perícia em conseguir controlar o carro e sair dele em um só pedaço.
Aquela corrida não foi só uma das decisões de título mais emocionantes da história. Ela também proporcionou um dos cartazes mais bacanas que eu já vi, reproduzido abaixo. Hoje em dia, os cartazes oficiais das provas são feitos todos pela FIA. São uniformes, escuros, sem vida e feios, vamos admitir.
3 comentários:
São horríveis os cartazes dos GPs hoje em dia. Esse da Austrália é interessante, mas os que eu gosto mesmo são os antigos, até os anos 50. Não só os cartazes de corridas, mas toda a publicidade em geral nasceu (e ela nasceu como a concebemos hoje nos anos 1920, é uma invenção recente) muito atrelada à arte - Man Ray e Margaret Bourke-White faziam materiais publicitários.
A ligação da publicidade de GPs e arte foi muito duradoura e produtiva. E os fraquíssimos cartazes atuais podem ser um sinal do declínio cultural do automobilismo - esse é meu medo.
Detalhe para o segundo carro que aparece retratado no poster, atrás do carro do Prost.
O carro do Alan Jones (Lola-Beatrice).
[]´s
Kohara
É um GP memorável, em todos os aspectos. Como na altura, a RTP portuguesa não transmitia em directo os GP's do Japão e da Australia (só o fizeram em 1990), lembro de ter ficado surpreendido com o resultado final, especialmente com o furo a alta velocidade do Mansell...
Já agora, o ano passado falei sobre esse GP. Podes ver aqui:
http://continental-circus.blogspot.com/2007/03/gp-memria-australia-1986.html
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