Aparentemente, a situação de Max Mosley ficou insustentável. Sua reação desmedida às críticas que recebeu das montadoras, evocando inclusive o passado de colaboração nazista de BMW e Mercedes-Benz, só fez aumentar o coro dos que exigem a sua saída da presidência da FIA. Mas o inglês sabe jogar com as cartas que tem na mão. Politicamente, a opinião das montadoras é irrelevante: elas não possuem direito de voto na entidade. O que interessa para ele é o apoio dos presidentes de federações. É aqui que entra um dado importante: a FIA aumentou em cerca de 500% o preço das super-licenças para este ano. Até 2007, cada piloto pagava uma taxa de 2470 Euros, mais 650 por cada ponto conquistado. Este ano, a taxa foi de 14.600 Euros, mais 3000 por ponto conquistado! É uma grande soma de dinheiro extra à disposição de Mosley. Isto sem contar a grana que a McLaren pagou pela punição sofrida no escândalo de espionagem.
Muitas vezes, dinheiro é poder. Este pode ser um dos principais argumentos do dirigente para convencer os “votantes” que ele deve continuar na presidência da FIA. O próximo capítulo desta novela é amanhã, não percam!
4 comentários:
Pode até ser, mas se as montadoras baterem para valer a coisa piora. Quem sabe até ressurja aquela idéia de divisão da F1, de criação de uma nova categoria. Isso sem falar nas questões fora do automobilismo de competição, como a regulamentação de segurança pelo NCAP.
Outro fator que pode decidir é o Mr. Bernie. Eles podem até serem amigos, mas na hora que esse escândalo começar a afetar os negócios do baixinho, sabe como é: amigos amigos, negócios à parte.
Penso que a saída do Mr. Palmadinha é questão de tempo. Tempo para arrumar o melhor candidato para as pretensões econômicas da FIA. Nada que acarrete ruptura.
É a segunda Guerra Mundial da Fórmula-1, Ico... ess também com tins nazistas. A primeira foi aquela entre Ballestre e Ecclestone que gerou o primeiro Pacto da Concórdia, uma simples briga por poder, cada um com suas razões (quanta semelhança).
Felizmente aqui não tem arma!!!
Realmente, o que ele faz em sua vida privada é problema dele, mas agora que esse seu (mau) gosto com fantasias eróticas veio à público, o que vai ser de sua moral? De sua liderança? A FIA merece ser representada por uma pessoa assim? Nada a ver dirão alguns, mas o ser humano não perdoa esses deslizes quando vêm à público, ele com certeza se tornará uma pessoa risível, desmoralizada, todos riram ao vê-lo, mesmo que não exteriorizem esse riso.
O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
Ninguem merece essas taxas que são cobradas. E ainda existe um continente passando fome que mesmo assim não deuixa de passar alegria e felicidade para o mundo: a África.
Paulo santos/RJ
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