terça-feira, 13 de maio de 2008

DE VOLTA

Desculpem a ausência dos últimos dois dias, fruto de um grande volume de trabalho, da impossibilidade de acessar a Internet do hotel e do desejo de aproveitar as horas livres da segunda-feira para conhecer Istambul ao máximo. Agora, já em casa, o blog volta ao ritmo normal. Só para encerrar o assunto GP da Turquia, uma pequena análise escrita ainda no domingo.


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Contrariando todas as expectativas, o Grande Prêmio da Turquia foi uma corrida das mais movimentadas, com ultrapassagens, erros e um resultado que criou mais alternativas para um campeonato que se desenhava monótono. O domínio que a Ferrari vinha obtendo nas últimas corridas desapareceu completamente diante de uma McLaren ousada e eficiente. Massa venceu pela terceira vez na Turquia, mas não foi um passeio no seu quintal predileto. Muito pelo contrário, foi a vitória mais difícil dentre as sete que já obteve na Fórmula 1.

O que garantiu este cenário surpreendente foi um imprevisto banal no meio do mundo altamente tecnológico da Fórmula 1. Neste ano, o GP da Turquia foi realizado pela primeira vez em maio, mas a Bridgestone escolheu os tipos de pneus baseada na experiência das corridas anteriores, disputadas sob um forte calor. Como nesta semana os termômetros em Istambul nunca ultrapassaram os 20 graus, trazer a borracha para a temperatura ideal de funcionamento se tornou um desafio enorme para os engenheiros das equipes.

E quem trabalhou melhor foi a turma da McLaren. A estratégia de três paradas de Lewis Hamilton, com a opção pelos pneus mais duros como a arma para a corrida, quase levou o inglês a uma vitória improvável. Ele só parou em um Felipe Massa que cresce sempre que corre em Istambul Park. E o brasileiro ainda teve a sorte de ver a outra McLaren, a de Heikki Kovalainen, sair da disputa logo na primeira volta. Com um pneu furado em uma disputa justamente com o companheiro Kimi Raikkonen. Valeu, colega!

Mas a emoção não ficou restrita à briga pelo primeiro lugar. Logo na largada, um acidente entre Giancarlo Fisichella e Kazuki Nakajima chegou a assustar, com o carro do italiano voando sobre o cockpit do japonês. E várias disputas bonitas pontuaram a prova. A que ocorreu entre Kovalainen e Nico Rosberg foi a melhor de todas, com algumas trocas de posição. Mas mesmo a perseguição de Raikkonen a Hamilton manteve um nível alto de tensão até o final, algo raro na F-1 moderna.

Massa sonha com um passaporte turco e, mais do que nunca, com o título mundial deste ano. Ainda mais agora que sua distância para o líder Raikkonen caiu para sete pontos. E o ressurgimento da McLaren acaba sendo bom para ele, pois lhe dá a esperança de que outros pilotos roubem pontos do finlandês. Só não podem roubar os seus também. As próximas corridas, em pistas onde a Ferrari não andou bem no ano passado, serão fundamentais para as pretensões do brasileiro. E, pelas características de Mônaco e Montreal, não é só a McLaren que deve incomodar a Ferrari. É bom ficar de olho também na dupla da BMW Sauber.

4 comentários:

Anônimo disse...

Pra mim a estratégia da Maclaren foi boa. Seria melhor se o carro estivesse a altura das Ferrari. O Hamilton andou muito rápido, mas de tanque vazio. O Kimi estava realmente apagado nessa corrida. O alonso bem que tentou, mas seu fusca disfarçado de renault é terrível. ele é um grande piloto. no ano que vem devemos ter mais quatro vagas no grid. A aposentadoria de Coulthard e fisichella, e mais um,a equipe que devem estar preparando para entrar. Será que a pro-drive vem?
Seria bom ver o Bruno Senna na F1, em qualquer equipe. E por falar nele, e auqele acidentre com um cachorro na GP2? quebrou a suspensão dianteira direita dele.
Abraço a todos.
Paulo santos/RJ

Marcelo Urânia disse...

grande corrida mesmo. há tempos não conseguia ficar acordado a corrida toda. bela prova do hamilton e do alonso. tristeza pelo nelsinho, total decepção. sobre o bruno senna, citado pelo colega no outro comentário, será alvo de especulações intermináveis. grosjean tb. fisichella, coulthard, barrichello, sutil e, pq não, piquet q se cuidem... abraços!

Anônimo disse...

A proximidade entre McLaren e e Ferrari nesta prova, penso, foi mais em razão da ousadia da equipe inglesa em sua estratégia. A Ferrari, por ter um carro bem superior aos demais, pode se dar ao luxo de ser conservadora. Ainda assim, se Raikkonen tivesse largado bem a equipe italiana faria o 1-2 facilmente.

Quanto à disputa entre Massa e Raikkonen digo que é bom ver o brasileiro sendo amis regular nas provas. Mas a constância do finlandês chega a ser irritante - para quem torce para seus adversários. Raikkonen passa a impressão que tem tudo sob controle e nem parece o piloto que no ano passado assumiu alguns riscos e cometia seus riscos. Continua sendo o favorito.

Abraço.

Mauricio Neves disse...

Ico, o Tazio tá fora do ar? Não abre aqui.

Você recebeu meu email sobre as figurinhas Ping Pong de F1?

Abraço,

Mauricio Neves

Obs.: Há uma repetição de frase no parágrafo da disputa entre Kova e Nico.