O esforçado homem acima, empurrando o Brabham BT38 do australiano Tim Schenken em Hockenheim, é o mesmo de nariz empinado na foto do post abaixo. Entre um instantâneo e o outro, Ron Dennis se tornou um dos chefes de equipes mais bem-sucedidos da história da Fórmula 1. Mas, ao contrário do colega Frank Williams, não é do tipo que gosta de valorizar o passado humilde, muito pelo contrário.
Há uns três anos, ao final de uma coletiva para convidados num hotel em São Paulo, meu mestre e colega Castilho de Andrade interpelou Dennis com uma reportagem e uma série de fotos sobre a equipe de Fórmula 2 do inglês durante uma corrida em Interlagos, no final de 1971. Instigado a trazer alguma memória da ocasião, o inglês sorriu amarelo e soltou um “I don’t remember quite well”, antes de bater em retirada.
Há registros de outras reações parecidas em casos similares, mas fica difícil entender o motivo. Sua equipe, fundada em 1971, foi competitiva logo de cara. Vai ver, é essa sua mania de se achar um lorde. Tem ingleses que dão muita bola para essas coisas. A propósito, Schenken ganhou a corrida de Hockenheim, que tinha o singelo nome de V Preis von Baden-Württemberg und Hessen.
3 comentários:
Querido Ico
Independentemente deste ponto da personalidade de Ron Dennis, reputo-o como um dos principais nomes da Fórmula 1, justamente pela evolução alcançada. Confesso a minha admiração emocionada por Frank Williams, verdadeiramente um gigante! mas Dennis é quase tão importante, no meu modo de ver.
Abraço grande,
Também admiro esse cara, importantíssimo para a F1. Uma pena quase que renegar um passado que teria muito do que se orgulhar, mas va entender esses ingleses metidos a lords...hehe
Essa é a diferença entre o Frank e o Dennis: Com sua simplicidade o Frank tem o título de LORD.
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