terça-feira, 4 de maio de 2010

ESPELHO, ESPELHO MEU

As doze equipes da Fórmula 1 chegam para o GP da Espanha com diversas novidades na bagagem. A Mercedes e a Virgin (apenas com Timo Glock) chegam com modificações significativas no chassi. A Ferrari busca com um motor revisado e, possivelmente, colocando à prova sua solução para um duto de ar dar um salto de performance na classificação. Um novo pacote aerodinâmico é a via de regra da maioria dos times. São tantas as atualizações que uma mudança razoável na ordem do grid é possível.

O carro mais veloz do campeonato até agora, isso é claro, é o RB6 de Sebastian Vettel e Mark Webber, que registrou a pole-position de cada uma das etapas realizadas até agora. Desconsiderando o confuso treino classificatório do GP da Malásia, realizado com as condições do asfalto mudando de forma constante e rápida, a Red Bull conseguiu uma vantagem em torno de 0s3 para a Ferrari, 0s6 para a McLaren e 0s7 para a Mercedes. É muito.


Mas o time chega para o início da temporada européia com uma série de questões para serem respondidas. Não me esqueço do comentário de Sebastian Vettel sobre a determinação da FIA de que todos os espelhos retrovisores fossem colocados próximos ao cockpit: “Isto pode nos prejudicar muito”. A medida atinge também Ferrari, Force Índia, Williams, Toro Rosso, Sauber e Hispânia.


A Red Bull também trabalha numa solução para o duto de ar – introduzido pela McLaren e cujo efeito positivo o tornou “obrigatório” para todos os rivais. Mas não o terá pronto a tempo para essa corrida e terá em Montmeló “apenas” novos modelos para as asas dianteira e traseira. Se ainda assim mantiver uma vantagem de três décimos de segundo para o adversário mais próximo, terá bons motivos para acreditar que o título da temporada está muito próximo – independente do que aponta o cenário atual da tabela, com Jenson Button e a McLaren na frente. Afinal, não é em toda a corrida que chove.


Ironicamente, a previsão do tempo para esta semana em Barcelona é de chuva, possivelmente até domingo. Com ela, vai ser como eu já antecipava no último “Credencial”: o GP da Espanha pode nos dar pistas de como a temporada européia vai rearranjar a distribuição de forças das equipes. Mas para tirar uma conclusão mais próxima da realidade, o melhor vai ser esperar até o GP da Turquia, onde a pista (e possivelmente o clima) reproduzem mais fielmente o padrão geral da temporada.

3 comentários:

Marcelonso disse...

Ico,


Mesmo com todas as alterações que serão colocadas em prática pelas equipes,sem a chuva a possibilidade de ser um corrida xarope é grande.
Lá ninguem passa!


abraço

Ron Groo disse...

Você sabe se a mudança nos carros da Mercedes (ainda que veladamente) sejam para beneficiar o modo de pilotar de Schumacher?
To torcendo para que sim...

Quanto à prova espanhola... bem. Nunca vi uma corrida que prestasse lá.

fabehr disse...

corrida modorrenta em Montmeló é pleonasmo. Pode ser pelo fato das equipes testarem muito por lá (pelo menos no passado). Mas é o circuito q geralmente aponta o campeão da temporada, né?