O circo da Fórmula 1 se prepara para uma jornada inacreditável em 2011. Será a temporada mais extensa na história da categoria, com vinte corridas comprimidas em oito meses e meio. Para quem a vive de dentro, será uma maratona e tanto de viagens, algo entre quatro e cinco voltas ao mundo neste período.Esse aumento no número de provas tem uma explicação e uma direção claras. Bernie Ecclestone já se arma para a possibilidade de ser obrigado a ceder uma fatia maior do bolo dos lucros da F-1 para as equipes. A saída é aumentar a receita e a maneira mais fácil de conseguir isso é encontrar países dispostos a pagar taxas altíssimas (algumas acima da casa de R$ 80 milhões) pelo simples direito de organizar uma corrida.
Dentro deste conceito, os ventos sopram para o Oriente. Depois de Abu Dhabi e da Coreia do Sul, a Índia é o próximo porto que o circo vai desembarcar. Não é a toa que apenas grandes economias mundiais ingressam ou regressam ao calendário. Bernie precisa vender caro o seu show e eventos que um dia foram tradicionais como França, Áustria ou Portugal não significam nada diante de suas cada vez mais parcas riquezas.
Enquanto Ecclestone comanda com mão de ferro sua cruzada, as equipes começam a dar sinais de que também querem apitar neste assunto. No evento da Ferrari em Madonna di Campiglio, o chefe do time Stefano Domenicali adotou um discurso entre conciliador e afrontador ao falar sobre os rumos da F-1. Começou corroborando a ideia do chefão da categoria em ter 20 corridas por ano.
- É o número ideal. Mas não pode passar disso também, senão fica exagerado - apontou.
Depois, o italiano começou a apontar suas preferências: comprimir estas 20 provas num período menor de tempo, garantir a volta dos Estados Unidos ao calendário (prevista para 2012), tornar intocáveis eventos tradicionais como Mônaco e Spa e encerrar a possibilidade de que um país possa realizar duas provas no mesmo ano (um tapa na cara de Ecclestone que vendeu seu show para os espanhóis de Valência a um custo altíssimo, se aproveitando dos efeitos da “Alonsomania”).
Com a entrada da Rússia no calendário em 2014 e dos Estados Unidos em 2012, pelos menos dois GPs terão de desaparecer para que a conta continue dando 20 provas por ano. No “bico do corvo” estão as corridas da Turquia (Istambul), Bélgica (Spa-Francorchamps), Europa (Valência), China (Xangai) e Malásia (Sepang). Até o final deste ano, uma destas terá feito sua despedida da categoria.
(Foto Ferrari)
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12 comentários:
Que tirem a prova de valência então!
Que Deus proteja Spa-Francorchamps e Istambul Park...
Domenicalli é a voz do patrão. Querer voltar aos EUA de qualquer forma é o sonho de Montezemolo, pra ficar mais perto dos maiores consumidores de seus veículos.
E se uma prova destas tem que sair, que não seja Spa.
Que fique Istanbul (o melhor tilkodromo) e Spa, se não tiver Spa, não é F1.
Ico, daria um bom tópico, uma lista de quanto paga cada circuito à FOM e quando expiram os contratos.
Fica a sugestão.
Ico, o GP dos Estados Unidos não é para 2012 e Rússia 2014?
"Com a entrada da Rússia no calendário em 2012 e dos Estados Unidos em 2013, "
Abraços.
Please! Translate me on english that has written ICO in its Tvittere: Festa q fechou o Wrooom ontem teve Red Bulls de montão, Nicky Hayden de DJ e Alonso tirando carta do ânus de um urso de pelúcia numa mágica.
Hoje zapeando os canais tava assistindo um desenho do Tom e Jerry em que eles estavam com uma corrida em que era dos EUA até o México, depois foi estendido para amazônia, depis foi para o polo Sul, Austrália e fizeram um jato para que passasem pela Europa até retornar aos States. a Corrida era sempre alongada ou achatada pelo organizador e responável pela transmissão. Qualquer semelhança com Bernie Ecclestestone não deve ser mera coincidência
Ico, 80 milhoes sai no mijo para um pais ter a F1. Acho barato. Mesmo. Abraco, e ja sabe, a hora que tu precisar de um Sancho panca (sorry, iphones doesn't have cedilha).
Por que diabos ainda estão no calendário pistas como Barcelona, Valência, Abu Dhabi, enfim
Estas que não trazem nenhuma diversão ao telespectador, mas muito dinheiro à um certo velhinho...
Ridículo.
Tomara que templos do automobilismo não sejam trocados como reles mercadorias, como Spa e Interlagos.
- Interlagos não entra na lista de ameaçadas ?
Gusmão, eu troquei as bolas de escrever o parágrafo mesmo. Valeu o toque, já corrigi lá.
Tanita, here's your translation:
"Wrooom's closing party had a lot of Red Bulls, Nicky Hayden as a DJ and Alonso making a card appear o the ass of a teddy bear during a magic trick".
Felipe, Bernie ameaçou o Brasil no ano passado, mas depois se sentou com o prefeito quando veio a Interlagos e, aparentemente, sossegou.
Abs!
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