A imprensa local já chama o caso Gribkowsky de “maior escândalo de corrupção na história da Alemanha”. Para quem não se lembra, surgiu nessa semana a informação de que o banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky, ex-conselheiro do banco BayernLB, teria “estacionado” 50 milhões de dólares na conta de uma fundação austríaca. As autoridades alemãs investigam se a grana, oriunda de paraísos fiscais, não seria uma lavagem feita na época da venda dos direitos comerciais da F-1 para o grupo CVC.
Tudo está muito confuso ainda, mas o acusado permanece preso em regime preventivo enquanto as investigações continuam. Em declaração oficial, o CVC disse “não ter conhecimento de nenhum pagamento ao senhor Gribkowsky ou pessoas ligadas à ele por ocasião da compra dos direitos da F-1”.
Na polícia austríaca, há até mesmo uma teoria de que a grana lavada seria local. Teria saído de um banco do estado da Caríntia, passado pela suíça e repousado no Caribe antes de voltar para essa fundação em Salzburg onde a grana foi descoberta. Um dos sócios da fundação é um advogado chamado Gerald Toifl - um tempero delicioso para a imprensa local já que o sobrenome é muito parecido com a palavra “diabo” (“Teufel”). “Pro diabo com os milhões!” foi a melhor manchete até agora.
As investigações devem durar mais um tempo e vai demorar para saber se a F-1 está envolvida nesse caso de lavagem de dinheiro ou se era apenas outro negócio escuso, fora da esfera dela, entre alguns dos muitos espertalhões que acabam circulando pela categoria.
De um jeito ou de outro, o mais legal dessa história é que, aqui na Europa Central, criminoso de colarinho branco é julgado e condenado sim (Gribkowsky está em prisão preventiva, Toifl abandonou o escritório de advocacia do qual era sócio - e isso é apenas o estágio inicial da investigação).
Seria bom se no Brasil fosse assim também.
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3 comentários:
Quem nos dera Ico!!! Enquanto isso a presidenta diz que não fará reformas na lei, apenas revisões pontuais. Leis sérias acho que jamais existirão por aqui...
Verdade, Ico.
E lembremos que esse modelo brasileiro corrupto foi implantado pelos europeus que nos saquearam por séculos a fio.
Leonardo, um presidente eleito democraticamente não é um ditador. Ele propõe novas leis e/ou reformas. Aos deputados federais e senadores cabe dar a palavra final aprovando-as ou rejeitando-as.
Felizmente não temos mais um gorila truculento fardado fazendo e desfazendo ao seu bel prazer há mais de 20 anos.
Então, ligue-se ao votar para deputado e senador. É aqui que está o verdadeiro poder.
E lembre-se "O povo tem o governo que merece.".
Desejo que a Dilma esteja atenta às críticas fundadas e que tenham razão de ser no desejo de melhorias para o país e não um fim em si mesmas. Por fim, que esse novo governo seja pelo menos igual ao que foi o do Lula.
Abs.
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