Antes de mais nada, desculpem pela demora na atualização do blog com informações sobre a corrida. Infelizmente, os domingos de GP terão de ser assim, já que logo após a prova estarei sempre ocupadíssimo com o fechamento da matéria para a revista Racing e de vez em quando, como hoje, com a coluna para o GP Total.
Uma curiosidade, apenas: quando Fernando Alonso cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, a corrida tinha a duração de 2 horas e 6 minutos. Confesso que fiquei em dúvida, na parte final, se a prova terminaria ao final de 2 horas. Lendo o regulamento da FIA agora, ficou claro que, embora a duração máxima seja mesmo em 2 horas, em caso de interrupção, o tempo parado é adicionado a este limite de 120 minutos.
Minhas opiniões sobre a prova você confere em breve no glorioso “Gepeto”. Aqui, farei uma lista com notas para os pilotos, com pequenos comentários.
FERNANDO ALONSO – 9 – Como ele conseguiu se classificar em segundo no grid após errar feio em sua volta rápida ainda é um enigma para mim. Sem o erro, faria a pole com cerca de meio segundo de vantagem. Na corrida, Alonso foi correto durante o período seco e mostrou porque já é bicampeão do mundo no final, quando foi para cima de Massa e não se intimidou com as defesas do brasileiro. Mas, não sei se malandro ou precipitado, pisou na bola ao acusar o brasileiro diante das câmeras de todo o planeta (não na ante-sala do pódio, mas assim que desceu do carro). Certamente, não contava com a reação intempestiva deste.
Confira uma transcrição do bate-boca entre os dois no sempre excelente Blog do Capelli.
FELIPE MASSA – 8 – Apagado o fim-de-semana todo, transformou-se no domingo. Fez uma ótima largada, conseguiu se manter na pista na hora do caos e vinha para uma vitória tranqüila em condições secas. Mas a chuva caiu e, mesmo que os pneus que colocou eram péssimos, a impressão de que não é um bom piloto na chuva só vai se reforçando. Precisa melhorar neste quesito.
MARK WEBBER – 8 – Bem na classificação, corrida sem erros. Só teve problemas com a chuva no final, quando Wurz era bem mais rápido. Mas conseguiu segurá-lo. Boa prova e pódio merecido para o australiano.
ALEXANDER WURZ – 8 – Atrás de Nico Rosberg de novo nos treinos, mas desta vez foi por insignificantes 18 milésimos. Mais uma vez, foi muito bem numa prova confusa e por muito pouco não subiu ao pódio.
DAVID COULTHARD – 7 – Largou lá atrás, saiu da pista na confusa primeira volta, mas foi grandioso nas voltas seguintes. O suficiente para o catapultar para a zona de pontos, de onde não saiu mas.
NICK HEIDFELD – 3 – Está certo que um piloto deve mesmo ser combativo, mas Nick foi otimista demais nas ultrapassagens sobre Kubica e Ralf. Especialmente no primeiro caso, quando comprometeu completamente o desempenho da equipe com sua manobra. Para coroar, batizou o filho nascido no sábado de Joda (pronuncia-se Ioda). Ou ele é muito fã de Guerra nas Estrelas, ou tem um péssimo gosto mesmo...
ROBERT KUBICA – 6 – Boa largada, mas teve a corrida comprometida pela batida com Heidfeld no início. E perdeu a sexta posição na última volta.
HEIKKI KOVALAINEN – 7 – Em relação ao companheiro de equipe, foi excelente. Mas as decisões de estratégia da equipe foram ruins e ele poderia ter terminado mais à frente.
LEWIS HAMILTON – 8 – Só não leva nota máxima pelos erros de estratégia. No mais, Hamilton demonstrou mais uma vez que é mesmo de uma estirpe especial. Bateu forte no sábado e teve de correr com fortes dores e um carro reconstruído às pressas. Ainda assim, teve presença de espírito ao manter o motor funcionando quando escapou da curva 1 e pôde voltar a disputa. E uma de suas ultrapassagens sobre Fisichella foi sensacional, mesmo levando em conta a diferença entre os equipamentos.
GIANCARLO FISICHELLA – 1 – Levou um banho de Kovalainen o tempo inteiro, além de ter feito a alegria de Lewis Hamilton diversas vezes durante a prova. Em resumo: um ótimo fim-de-semana para Nelsinho Piquet.
RUBENS BARRICHELLO – 5 – Ao contrário de Button, escapou da primeira degola no sábado. Mas deu azar ao ser acertado por Rosberg no início da prova. E ficou com o carro, que já é ruim normalmente, avariado.
ANTHONY DAVIDSON – 4 – Lutador. E só.
JARNO TRULLI – 1 – Novamente entre os dez da classificação, mas foi mal a corrida toda, tomando decisões erradas o tempo inteiro.
KIMI RÄIKKÖNEN – 4 – Ótima pole-position, rodou de forma infantil quando entrava nos boxes ao final da primeira volta – era o líder, podia muito bem entrar bem mais devagar que não teria problema. Andou forte depois, até o carro começar a dar problema.
TAKUMA SATO – 3 – Pior que Davidson na classificação, discreto na corrida, abandonou com problema hidráulico.
RALF SCHUMACHER – 5 – Atrás de Trulli de novo na classificação, mas por muito pouco desta vez. Está melhorando.
MARKUS WINKELHOCK – 7 – Com quase nenhum contato com o carro ao longo do ano, apanhou dele o fim-de-semana inteiro. Mas a equipe foi esperta na estratégia e ele foi excelente na pilotagem, assumindo de forma improvável a liderança logo na segunda passagem. Um feito histórico que merece uma nota boa.
JENSON BUTTON – 5 – Ficou na primeira degola na classificação, lamentável. Em compensação, foi o melhor piloto nas caóticas primeiras voltas e já estava na cola de Alonso e Massa quando aquaplanou e bateu.
ADRIAN SUTIL – 4 – deu um banho no novato Winkelhock em todas as sessões cronometradas, o que era seu principal objetivo no fim-de-semana. Na corrida, ficou na brita junto de meio mundo.
NICO ROSBERG – 3 – Perdeu um lugar na parte final da classificação por um piscar de olhos, mas começou a corrida afobado demais, batendo na traseira do carro de Barrichello. Depois, rodou na curva 1.
SCOTT SPEED – 1 – Lento o fim-de-semana todo, foi uma das vítimas de aquaplanagem e saiu de cena logo cedo. Não fez a menor falta.
VITANTONIO LIUZZI – 0 – Conseguiu a proeza de ser pior que o companheiro Speed na classificação e foi um dos que rodou na curva 1 no início da prova – com uma gritante diferença: estava saindo dos boxes, portanto em velocidade menor que a dos que vinham rasgando pela reta.
6 comentários:
Não entendi a nota baixa do Raikkonen. Cometeu apenas um erro - o da entrada dos boxes - e, mesmo assim, foi muito rápido durante todo o tempo que esteve na corrida, ainda que como carro já apresentando problemas.
Penso que se o finlandês não tivesse sofrido a quebra no seu carro brigaria pela vitória, mesmo com o aquele erro do início da prova. É a minha opinião.
Grande abraço.
Ico, a rodada do Liuzzi foi muito bizarra mesmo. Não só por ter sido logo após sair dos boxes, mas também por ter sido atrás do Safety Car.
Se o mercedinho estivesse um pouquinho mais lento, o italiano batia nele.
O piloto do SC foi esperto..
Ele tava lento ali no final da reta esperando o lídr chegar, quando ele viu o Liuzzi chegando meio de lado, ele acelerou e ficou do outro lado da curva hhehe
Acredito que se o Raikkonen não tivesse problema seria no mínimo 2º na corrida..
A frente do Massa ele chegaria, pode ter certeza.
heheh essa coluna parece o pitacos do meu blog, só que um pouco mais extendida. parabéns pelo blog, muito bom.
Agora que o Alonso chegou no Hamilton, a briga entre eles deve ficar ainda melhor.
O Massa respirou depois da ameaça do Raikkonen em se tornar primeiro piloto. se o finlandês estivesse 7 pontos na frente do companheiro, e não o inverso, eu sinceramente não sabera dizer se a equipe seria indiferente a isso. Será que a Ferrari termina o campeonato sem escolher o primeiro piloto?
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