sexta-feira, 3 de agosto de 2007

TIROTEIO

O Mundial de Fórmula 1 de 2007 virou uma verdadeira guerra. Na pista, a esperada superioridade da McLaren no circuito de Hungaroring foi confirmada hoje, com Fernando Alonso marcando o melhor tempo do dia. Um ótimo começo para a equipe, até porque a dupla da Ferrari acabou atrás de pilotos de outras equipes, como Heikki Kovalainen (Renault), Nico Rosberg (Williams) e Nick Heidfeld (BMW Sauber). Mas a corrida terá um elemento de incerteza interessante. O asfalto húngaro é um dos que possuem menor aderência dentre as pistas do calendário. Isso significa que o acerto ideal muda rapidamente. Para complicar, deve chover por neste sábado, “lavando” a borracha depositada hoje. Quem sabe uma possível corrida chata não acabe sendo interessante, levando em conta estes fatores?

Mas é fora da pista que a temperatura atingiu níveis alarmantes. De um lado, os desentendimentos entre Fernando Alonso e Felipe Massa. O brasileiro voltou a tocar no assunto e parece ainda estar chateado com a reação do espanhol ao final do GP da Europa. E este, tenham certeza, ainda acha que estava com a razão. Podem apostar que a animosidade entre os dois tende a aumentar até o fim do ano.

Depois, a guerra de declarações entre Ferrari e McLaren. Ron Dennis soltou anteontem uma carta incisiva atacando a equipe adversária, expondo seus argumentos sobre a absolvição da equipe no Conselho Mundial da FIA e afirmando que a vitória de Kimi Räikkönen no GP da Austrália foi obtido com um carro fora do regulamento. E ainda colocou uma mordaça em seus pilotos. Hoje, a Ferrari contra-atacou, afirmando que os carros da equipe foram vistoriados antes, durante e depois daquele fim-de-semana, e os comissários responsáveis não encontraram nenhuma irregularidade, o que é fato.

Certo mesmo é que o clima de guerra entre as duas partes aumentou depois do desastrado e hesitante veredicto do Conselho da FIA. Tivesse ele uma posição mais clara quanto à culpa ou inocência da McLaren, a situação tenderia a ser mais tranqüila.

Outra notícia que passou quase desapercebida hoje é a confirmação por sua assessoria de que Michael Schumacher não irá a mais nenhuma corrida neste ano. A alegação é de que ele deseja passar o resto de tempo com a família. Mas, provavelmente, o alemão acabou percebendo que sua presença na ponte de comando da Ferrari não era de grande contribuiçãocomo ele mesmo admitira nesta entrevista, seu conhecimento tem prazo de validade. E deve estar também profundamente chateado com toda a balbúrdia dos bastidores que ofusca as atividades na pista. Ou, óbvio que estou brincando, vai ver é ele mesmo o “sabotador-delator” da Ferrari, que arrumou um jeito de sair de fininho...

Um comentário:

Unknown disse...

Quem ficou feliz com essa notícia do Schumacher, foi o Raikkonen. Com o alemão no circuito, ele só fazia lambança ou o carro deixava ele na mão.