O fim das ajudas eletrônicas, um velho anseio dos fãs da categoria, deu uma nova cara ao espetáculo. Os pilotos, agora, voltaram a se nivelar pelo alto. Não basta apenas ter o melhor carro. É preciso cabeça, constância, almejar a perfeição a cada instante, já que não há mais um programa de computador para corrigir seus erros. Eles serão duramente castigados.
Foi o que oito pilotos aprenderam em Melbourne, abandonando a prova após colisões causadas por erros e/ou ímpetos exagerados de outros ou de si próprios. O equipamento também pagou o preço de não haver mais freio a motor, deixando uma série de propulsores exauridos pelo caminho. Sobraram seis sobreviventes – e a melhor constatação do domingo veio do melhor deles, o vencedor do GP da Austrália, Lewis Hamilton.
- Isto aqui é corrida de verdade. É assim que tem de ser!
Resta saber se tanta emoção e alternativas não foram aumentadas decisivamente pelas características peculiares da pista de Albert Park, dona de um histórico razoavelmente grande de corridas caóticas. Se este quadro se repetir no próximo fim de semana na Malásia, a Fórmula 1 poderá finalmente comemorar sua maior vitória: a reconquista do público.
6 comentários:
É, mas ainda tem algo muito estranho. Não vi os carros patinarem na largada como seria de se esperar. Os carros partiram como sempre, parecendo que todos tinham controle de largada. Nesse angú tem caroço.
Concordo com o herik, estranhei o fato dos carros não rodarem em falso, pensei que isso seria decisivo durante essa temporada.
Caro Ico, eu tive uns motivos a mais para sorrir. No sábado, ao pegar o Lance!, notei uma melhora, digamos assim, absurda, na cobertura de f1 do jornal. E na madrugada de domingo eu liguei na band news. Excelente, Ico!
Olha, como vi a coisa às 4 e meia da manhã, posso dizer que nunca me diverti tanto como ontem! Cheguei a pensar que não haveriam carros suficientes para os lugares pontuáveis, Ico. Mas enfim, foi salva a "honra do convento"...
Pena teres escrito a tua análise hoje, assim não deu para te incluir no meu novo "Revista da Blogosfera", Mas acho que vou abrir uma excepção. Vamos ver o que a Malásia nos irá reservar!
Aline, obrigado pelos elogios! Estou animado e espero mesmo manter o nível alto durante todo o ano.
Herik e Luis, o Rubinho nos disse na 5a feira que nao haveria muita diferenca nas largadas, porque cada piloto "já fez mais de mil simulacoes no inverno". Ou seja, praticamente cada vez que eles saíam dos boxes, eles simulavam uma largada. Por isso nao houve nego bobeando muito - só um pouquinho, como Heidfeld que perdeu posicao para Rosberg e admitiu depois.
Speeder, meu caro, obrigado por me incluir na lista. Tb gostei da corrida!
Pode ter sido mais emocionante, mas estamos cada vez mais nos aproximando da NASCAR. É esse o objetivo da F1??? Sempre achei que o sentido das corridas fosse o desenvolvimento tecnológico, fazer carros mais eficiente e seguros, no meu parecer espetáculo a gente vê no circo, no cinema, no teatro... Ou como disse o Pandini no seu blog "Prefiro um GP de F 1 monótono de verdade a uma corrida emocionante de mentira."
Att.
Natal Antonini
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