E se nos referirmos à tradição, é sempre bom lembrar dos anos da “invasão européia”. Em 1965, esta era a primeira fila do grid: A. J. Foyt (embaixo), Jim Clark (no meio) e Dan Gurney (em cima). O escocês venceu, com um pé nas costas, liderando 190 das 200 voltas realizadas. No mesmo ano, foi também campeão mundial na Fórmula 1 (clique na imagem para ampliar).
Não é preciso dizer muito mais coisas sobre ele, né?
Um comentário:
Grande época, na qual as 500 milhas era ainda vista como o maior evento esportivo do mundo, atraía atenção do mundo inteiro, contava com os melhores pilotos e tinha todo um charme especial.
Hoje as 500 milhas são uma corrida comum da IRL, que só existe por causa das 500 milhas, que é o negócio da família Hulman-George, com "grandes" nomes como Marty Roth, Milka Duno, Mario Moraes, Jeff Simmons, Ed Carpenter, Ryan Briscoe, Townsend Bell, A.J. Foyt IV, alguns dos quais possuem reais possibilidades de chegar entre os 5 primeiros. Além disso a estimativa de público é sempre exagerada e as arquibancadas há anos não lotam. A audiência das 500 milhas caiu pela metade desde 1995 (antes da cisão promovida por Tony George) e se naquela época as 500 milhas tinham mais audiência e público presente que a Daytona 500 da Nascar, agora ela tem menos da metade da audiência e menos público que a Daytona 500. Ela também tem menos audiência que a Coca-Cola 600, que é um evento importante, mas não tanto da NASCAR.
Fora que o interesse dos pilotos fora da IRL pela corrida é nulo. Até pilotos como Juan Pablo Montoya, Dario Franchitti e Sam Hornish Jr. que sempre foram pilotos de monopostos, já foram vencedores da prova e hoje estão sofrendo na NASCAR não demonstraram nenhum interesse em voltar a competir nas 500 milhas.
Ou seja, Tony George não só arruinou o automobilismo monoposto norte-americano como arruinou o próprio negócio da família. E ainda por cima gastou 400 milhões de dólares pra deixar a Indy 500 sombra do que era nos anos 60, 70, 80 e início dos anos 90.
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