FEVER PITCH

A seis dias do início da Eurocopa, impossível não deixar se contagiar pela febre do futebol que assola a Áustria – país organizador do evento junto da Suíça. No início da semana, fui a uma ótima exposição sobre o esporte num dos museus mais nobres de Viena, o Künstlerhaus, que colocou até mesmo o rei Pelé ao lado do imperador Franz Josef.

Na sexta, fui à cidade de Graz e vi o jogo do onze austríaco contra Malta. A vitória de 5 a 1 não consegue mascarar um time fraco e desorganizado, que deve mesmo entrar no torneio sonhando em somar pelo menos um ponto – e não muito mais do que isto. No sábado de manhã, ainda em Graz, foi a vez enfim de ver um bom futebol com o esquadrão do Wias Woits 04 entrando em campo para enfrentar um time amador de fãs do Sturm Graz.

O jogo foi no “Die Gruabn” (abaixo), um lindo estádio antigo que era a sede do clube austríaco no início de sua história. A cerca de 20 minutos para o final, perdíamos de 4 a 1 e com um jogador a menos (um dos nossos se contundiu e não tínhamos reserva). Mas nem o calor insuportável de mais de 30 graus impediu uma reação histórica até buscarmos o empate em 4 a 4. Foi um jogo memorável.

Agora, é se preparar para o sofrimento de torcer pela Áustria na Eurocopa – e, não tem jeito, eu vou torcer. Melhor sorte a de vocês, amigos portugueses que visitam este espaço. Meu palpite para a final é Portugal e Alemanha. E, além da Áustria não dar vexame, a única coisa que espero desse torneio é não ter de assistir a detestável seleção alemã como campeã.