sexta-feira, 18 de julho de 2008

NO VERMELHO

Os anos de bonança como os da foto acima, definitivamente, acabaram. Após a saída dos irmãos Schumacher da Fórmula 1, a Alemanha não possui nenhum piloto na categoria que já tenha vencido uma corrida. Mesmo com cinco representantes no grid de largada, um quarto do total, o único que tem um carro relativamente capaz de brigar por vitórias é Nick Heidfeld, da BMW Sauber. Nada que atraia um público capaz de lotar o autódromo de Hockenheim.

Isto é um problema enorme para os organizadores. Porque arquibancadas lotadas representam a única chance que eles têm de pelo menos igualar financeiramente o valor cobrado por Bernie Ecclestone para a realização no evento. Embora ninguém cite um valor exato, sabe-se que são alguns milhões de Euros – e dois dígitos deles, certamente, com um aumento anual em torno de 10%.

O reflexo disso sai diretamente no preço dos ingressos, cada vez mais alto. A opção mais barata gira em torno de 100 Euros (cerca de R$ 250) e é para um setor em que os torcedores ficam em pé! O preço médio é de 300 Euros. Isto sem falar em transporte, hospedagem e comida. Pelo mesmo valor, daria para passar duas semanas de férias na Grécia. Abrir mão disso para ver Nick Heidfeld brigar por um lugar no pódio?

A exorbitância do pacote irrita mesmo até os torcedores locais. O comerciante Sigfried Harstall era um freqüentador habitual da pista, mas agora não passa perto nem da entrada.

- O preço cobrado é absurdo, por mim, a Fórmula 1 nem deveria correr mais em Hockenheim. No passado, as entradas eram baratas e você ainda tinha muito mais contato com os pilotos e os carros. Hoje, esse atrativo não existe mais – lamentou.

O piloto Sebastian Vettel é um dos que se lembra de uma época em que assistir ao GP da Alemanha era algo acessível, ainda no início do boom criado por Michael Schumacher.

- A primeira vez que eu vi e ouvi um carro de Fórmula 1 foi em 1995. Vim com meu pai e estava chovendo aos cântaros. Ficamos na antiga chicane, era o circuito antigo ainda, e pagamos apenas 10 marcos alemães para ver o treino livre, o que daria uns cinco euros! Não tínhamos guarda-chuva, estávamos completamente molhados e, quando o carro passava, era um acontecimento, algo tão barulhento... era incrível! Eu fico arrepiado só de lembrar.

Hoje em dia, são os organizadores que se arrepiam com a perspectiva de um prejuízo em torno de três milhões de Euros. Sobre o futuro das corridas de Fórmula 1 no país, ninguém arrisca um prognóstico.

- Temos de observar qual será o saldo final –, apontou Dieter Gummer, administrador do circuito de Hockenheim.

7 comentários:

Anônimo disse...

alguem faz o favor de matar logo o zeh ruela do Bernie....

Anônimo disse...

O preço é mais ou menos o que agente paga aqui em Interlagos.

Rafael Lucas

Anônimo disse...

Muito triste isso, qualquer dia vamos só acordar de madrugada pra ver o tal GP do Bahrein, e essas provas nestes circuitos tao artificiais de ver , ao menos pela televisao. Esse Bernie é um Ze ruela mesmo...hehehe

Anônimo disse...

Por outro lado, arquibancadas vazias na Turquia, chineses que nem fazem idéia do que é F1...

Marconi disse...

É, acho que podemos dar adeus a Hockenheim. E sinceramente, com esse novo traçado... já vai tarde!

Zani disse...

Ganância é PHODA!
Mas, tudo o que sobe, também desce. Em toda a historia da humanidade não há nenhum império que tenha sobrevivido ao seu próprio clímax. E o de Bernie não será diferente. Tomara que o seu dia não tarde a chegar.

Anônimo disse...

Como o ico adora descer o sarrafo no Heidfeld, incrivel.