segunda-feira, 25 de agosto de 2008

AINDA VALÊNCIA

- Desde a época de Jean Todt, o chefe da Ferrari dá uma entrevista coletiva aos domingos, no final da tarde, no motorhome da equipe. Quem se senta ao microfone agora é Stefano Domenicali, que é bem mais aberto no contato do que era o francês, mas responde com a mesma firmeza e inteligência. Depois da corrida de ontem, em Valência, era visível a atitude passional dos jornalistas italianos, cobrando Domenicali pela má fase de Kimi e exigindo uma atitude em relação ao status dos pilotos na equipe. O chefe defendeu o campeão do mundo (corretamente, diga-se) e disse estar confiante que Kimi voltaria a mostrar o que sabe “daqui até o Brasil” – indicando que não interferiria a favor de um ou de outro até lá.

Hoje, o “La Stampa”, jornal que pertence ao grupo Fiat, estampou a manchete acima. Na pesquisa online da Gazzetta dello Sport, 64% dos internautas exigem que a Ferrari jogue todas as suas fichas em Massa desde já. A pressão lá dentro, e quem já foi para a Itália sabe bem como é, não deve estar mole.

Que sinuca, Stefano!

- Rubens Barrichello teve um péssimo final de semana, lembrando um pouco o calvário do ano passado, mas uma coisa eu tenho de admitir: quando ele fala em dedicação total ao trabalho e reafirma seu desejo de ficar na F-1 por mais tempo, é com sinceridade. Todos os dias ele se mostrava genuinamente chateado com os problemas no acerto do carro. E, no domingo, ficou mais de duas horas em reunião com os engenheiros depois da prova, o que tem sido praxe sua o ano inteiro, aliás. Nesta hora, mais da metade dos pilotos da categoria já está voando para casa.

E Ross Brawn gosta muito dessa atitude...

- A Toro Rosso definiu sua combinação para 2009, mas não os nomes: quer um piloto experiente, para ajudar a desenvolver um carro completamente diferente por conta do novo regulamento; e um novato, que combine com a marca e que tenha potencial de mercado para o futuro.

Hoje a equipe confirmou a intenção de testar Sebastien Buemi para avaliar suas chances de ser o novato da dupla, ao mesmo em que Bruno Senna negou o rumor de que já teria assinado com o time. Lembram da historinha do “na STR, um é o do Berger, o outro é o da Red Bull”? Assim, o interesse em Buemi faz sentido, afinal a vaga aberta por Vettel é justamente aquela da empresa – e Buemi faz parte do programa de jovens pilotos bancado por ela.

Mas há também o rumor de que o piloto experiente da equipe em 2009 seria Takuma Sato, substituindo Sébastien Bourdais. Por trás, estaria o interesse de expandir as vendas da Red Bull no Japão, que não consegue decolar. Sato seria um tiro certeiro nesta estratégia.

Mas a vaga do Bourdais não seria a “do Berger”? Pois é. Mas acordos são fáceis de se fechar, especialmente entre sócios de representação igual na empresa (50/50) e que falam o mesmo idioma.

Buemi? Sei.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ico, o Berger não tinha falado que para o Bruno Senna chegar na Toro Rosso precisa primeiro ganhar o campeonato da GP2?

Thom disse...

Marcos, o mesmo deveria valer para o Buemi...
:)

Anônimo disse...

Depois de 9 temporadas com Brasileiros na Ferrari, bem que a equipe podia ceder um esforcinho-extra aos Brazucas....

Na Toro Rosso, acho que, entre Bordais e um novato, dá no mesmo. Sato é o mais experiente e o interesse comercial fala mais alto, mas com certeza, em nome de resultados, é como dar um tiro no pé. Talvez, no Japão, o nome "Senna" até fale mais alto.
Buemi? Sei-lá...
Bruno Senna? Sei-lá...

Anônimo disse...

tho, por mim é Bruno Senna e Di Grassi na Fórmula 1, é que eu penso que li ou aqui ou no tazio uma entrevista em que o berger falava isso, por isso estou perguntando. O berger deve pensar no lado técnico e aí tem o pessoal que pensa no mercado de energéticos.

Ico (Luis Fernando Ramos) disse...

O Berger realmente disse isso, Marcos, foi prá mim em Silverstone. Mas mudar o conceito é algo de praxe na F-1. Se nao tiver mudado, ele vai correr atrás do Pantano, mas parece que ninguém está interessado no italiano.

Thom disse...

Exatamente, Ico.
Foi o que eu quis dizer com meu comentário la em cima: discursos mudam em fator das circunstâncias.