quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O PRIMEIRO RIVAL DE MASSA

Quem leu a edição de ontem do Lance!, viu. Mas se não foi o seu caso, confira abaixo a entrevista que eu fiz com Fabio Carbone, piloto brasileiro que está fazendo um bom trabalho na World Series neste ano, onde venceu três vezes. E que foi para Massa em 1999 o que Lewis Hamilton está sendo agora: o principal adversário na luta por um título.

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Ele foi o primeiro grande adversário de Felipe Massa no automobilismo e ocupa atualmente a segunda colocação na World Series, um dos campeonatos europeus mais importantes para formar pilotos para a Fórmula 1 – foi a última parada de Robert Kubica e Sebastian Vettel antes de ascenderem à categoria. Mas, aos 28 anos de idade, Fabio Carbone prefere não criar nenhuma falsa ilusão.


- Hoje em dia eu tenho os pés no chão. faz muito tempo que eu corro. Cheguei perto da F-1 uma vez, depois fiquei longe de novo. Por enquanto, meu objetivo é fazer do esporte um meio de vida. Claro que ficaria muito contente se a chance aparecesse, mas sei que há na F-1 um jogo de interesses muito grande. Tem muita gente na minha frente – avaliou o piloto.


Faltando uma rodada dupla para o encerramento da temporada, a World Series definiu seu campeão, o holandês Giedo Van der Garde. Carbone luta pelo vice, mas não considera isso um mau resultado.


- A gente começou o ano com uma equipe completamente nova nas seis primeiras corridas, marcamos um ponto. A partir daí, fui o piloto que mais pontos somou no campeonato, mas não deu mais para chegar no Giedo. Por isso, o saldo foi positivo. Terminamos o ano bem, andando na frente e ganhando corridas – afirmou o brasileiro, que ainda não decidiu o que fazer no ano que vem. Apenas duas hipóteses são consideradas: continuar na World Series ou correr no automobilismo japonês, onde Carbone esteve por três temporadas e possui portas abertas em muitas equipes.


- A GP2 não é uma opção: custa mais o dobro da World Series e é envolve muitos interesses. Se você não tem um sobrenome forte ou a nacionalidade certa para a equipe, fica muito difícil. Vale mais a pena fazer a World Series, onde o carro é tão rápido quanto o da GP2 e dá para mostrar o seu potencial do mesmo jeito.


O nome de Fabio Carbone despontou no automobilismo em 1999, depois de um emocionante duelo com Felipe Massa pelo título da hoje extinta F-Chevrolet. Com direito a uma pitada de polêmica: Carbone foi desclassificado de uma das etapas por estar com a asa traseira fora da especificação. O piloto explica:


- Aquela foi uma das primeiras temporadas que eu fiz numa equipe boa. Sem a desclassificação que eu tive, seria o campeão. Fui desclassificado porque meu companheiro tocou na minha asa traseira e ela saiu da especificação. Havia fotos e vídeos mostrando que havia sido o efeito de uma batida. Mas, na época, não tivemos dinheiro para recorrer. Deixamos terminar por mesmo. Mas, independente de quem ganhou ou de quem perdeu, foi um campeonato positivo para mim.


Da antiga disputa, não sobrou nenhum traço de rivalidade. A torcida agora é para o colega que venceu aquele título com apenas dois pontos de vantagem.


- Massa é um ótimo piloto e está numa equipe de ponta. Está fazendo o trabalho dele direito e merece ganhar. Se tudo der certo, ele vai levar este título para o Brasil.

4 comentários:

Bruno disse...

Porra, que bacana a postura do cara com relação a isso tudo. Sorte pra ele!

Anônimo disse...

Post interessante mas fiquei com uma dúvida. O Carbone corre defendendo as cores italianas ou brasileiras? Porque, apesar de estar com a bandeira brasileira em punho, no macacão ao lado do nome dele está a bandeira italiana.

Ron Groo disse...

Grande entrevista.
A postura do Carbone é muito bacana mesmo.
Se eu soubesse que estavam saindo matérias legais assim no Lance eu não tinha parado de ler...
Só que a parte de futebol domina mais de tres quartos do jornal. E sempre numa postura tendenciosa.

Anônimo disse...

os carros da World Series sao os formulas mais bonitos atualmente !!!
Sem falar que sao tao rapidos quanto um GP2