Contando por cima, a sala de imprensa do evento Wroooom conta com 55 lugares. Muito aquém do número de jornalistas acreditados para o evento. Para garantir um lugar, o ideal é acordar bem cedo. Senão, o jeito é trabalhar numa das cadeiras do pequeno lounge, equilibrando o laptop no colo. Hoje de manhã, com a sala ainda vazia, o chefe da Ducati, Claudio Domenicali, adentrou o recinto e saudou a todos os presentes, um por um. Na hora do almoço, foi a vez do chefe da Ferrari, Stefano Domenicali (nenhum parentesco entre eles) chegar sorridente a um restaurante, fazer uma saudação geral e trocar algumas palavras a mais com alguns colegas. Difícil imaginar cena parecida na época em que Jean Todt dirigia a equipe.
A quarta-feira em Madonna di Campiglio foi totalmente reservada aos chefes de equipe. E o da Fórmula 1 surpreendeu por algumas declarações relativas ao tema dominante, a crise econômica. A principal foi quanto a alocação dos recursos economizados com o fim dos testes em pista durante a temporarada. "O compromisso de economizar dinheiro nos testes de pista foi feito para ajudar às equipes menores. Mas vivemos num livre mercado e quem tem dinheiro em caixa, vai gastar de outra maneira. No final das contas, simulações em fábrica são importantes também para o desenvolvimento de componentes para a indústria dos carros de rua", disse o dirigente, sinalizando que a Ferrari trabalhará a todo vapor em Maranello no desenvolvimento do F60 durante a temporada. No mais, ele reafirmou alguns conceitos já expressados na segunda-feira em Mugello: que o KERS é um desperdício de recursos e que as equipes estão unidas para exigir de Bernie Ecclestone uma fatia maior na divisão dos lucros da Fórmula 1.
No mais, nevou sem parar o dia todo. Um contraponto ao céu estrelado que nos brindou num momento especialíssimo na noite de ontem: esquiar com tochas, sob um visual alucinante. Muito melhor do que dia.
Em Madonna di Campiglio, vivemos também o dilema de um peru em dezembro. Cada refeição é composta de quatro pratos. É muita comida e a impressão é que fomos postos em regimes de engorda, para sermos exterminados ao final do evento e virarmos todos salsichas ou algo do gênero. Corroborando com isso, o jantar de hoje trouxe um prato com cervo. A tradução em inglês, colocada no menu, é "Roebuck". Imediatamente, os jornalistas brincaram que eram os restos do experiente repórter especial da Autosport, Nigel Roebuck. E a dúvida que restou era: quem de nós será servido aos colegas amanhã?
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4 comentários:
Emprego dos sonhos!
Ico, espera me formar Engenheiro Mecânico, e ir trabalhar na Ferrari, vou te passar as melhores informações!
Abraço rival de GPL
Aiai que invejinha... saudável é claro!!!! haha
Parabéns pelo ótimo trabalho, informando tanto das coletivas como dos bastidores!
abraço
Parabéns pela cobertura, está realmente muito boa...
Gosto do Domenicali, me parece um cara bem simpático e coerente, espero que tenha um ano melhor na Ferrari.
Ufa! Que bom que hoje já tem post! Fiquei com medo de que o próximo fosse você... hahahaha
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