quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

REGIME DE ENGORDA

Contando por cima, a sala de imprensa do evento Wroooom conta com 55 lugares. Muito aquém do número de jornalistas acreditados para o evento. Para garantir um lugar, o ideal é acordar bem cedo. Senão, o jeito é trabalhar numa das cadeiras do pequeno lounge, equilibrando o laptop no colo. Hoje de manhã, com a sala ainda vazia, o chefe da Ducati, Claudio Domenicali, adentrou o recinto e saudou a todos os presentes, um por um. Na hora do almoço, foi a vez do chefe da Ferrari, Stefano Domenicali (nenhum parentesco entre eles) chegar sorridente a um restaurante, fazer uma saudação geral e trocar algumas palavras a mais com alguns colegas. Difícil imaginar cena parecida na época em que Jean Todt dirigia a equipe.

A quarta-feira em Madonna di Campiglio foi totalmente reservada aos chefes de equipe. E o da Fórmula 1 surpreendeu por algumas declarações relativas ao tema dominante, a crise econômica. A principal foi quanto a alocação dos recursos economizados com o fim dos testes em pista durante a temporarada. "O compromisso de economizar dinheiro nos testes de pista foi feito para ajudar às equipes menores. Mas vivemos num livre mercado e quem tem dinheiro em caixa, vai gastar de outra maneira. No final das contas, simulações em fábrica são importantes também para o desenvolvimento de componentes para a indústria dos carros de rua", disse o dirigente, sinalizando que a Ferrari trabalhará a todo vapor em Maranello no desenvolvimento do F60 durante a temporada. No mais, ele reafirmou alguns conceitos já expressados na segunda-feira em Mugello: que o KERS é um desperdício de recursos e que as equipes estão unidas para exigir de Bernie Ecclestone uma fatia maior na divisão dos lucros da Fórmula 1.

No mais, nevou sem parar o dia todo. Um contraponto ao céu estrelado que nos brindou num momento especialíssimo na noite de ontem: esquiar com tochas, sob um visual alucinante. Muito melhor do que dia.

Em Madonna di Campiglio, vivemos também o dilema de um peru em dezembro. Cada refeição é composta de quatro pratos. É muita comida e a impressão é que fomos postos em regimes de engorda, para sermos exterminados ao final do evento e virarmos todos salsichas ou algo do gênero. Corroborando com isso, o jantar de hoje trouxe um prato com cervo. A tradução em inglês, colocada no menu, é "Roebuck". Imediatamente, os jornalistas brincaram que eram os restos do experiente repórter especial da Autosport, Nigel Roebuck. E a dúvida que restou era: quem de nós será servido aos colegas amanhã?

4 comentários:

Santos disse...

Emprego dos sonhos!

Ico, espera me formar Engenheiro Mecânico, e ir trabalhar na Ferrari, vou te passar as melhores informações!

Abraço rival de GPL

Anônimo disse...

Aiai que invejinha... saudável é claro!!!! haha

Parabéns pelo ótimo trabalho, informando tanto das coletivas como dos bastidores!

abraço

Anônimo disse...

Parabéns pela cobertura, está realmente muito boa...

Gosto do Domenicali, me parece um cara bem simpático e coerente, espero que tenha um ano melhor na Ferrari.

Amanda Roldan disse...

Ufa! Que bom que hoje já tem post! Fiquei com medo de que o próximo fosse você... hahahaha