As propostas da FOTA, a associação das equipes, sãomuito boas. A idéia de aumentar a pontuaçãopara o vencedor emdoispontos – e também a dos outrosocupantes do pódioemumponto – é algoqueeurealmente gostaria de verempráticajá neste ano. Numa temporadaque promete equilíbrio, o formato seria umincentivo a maispara a disputa nas pistas e tende a deixar a brigaemabertoatéparamaiscandidatos na fasefinal do mundial. Claro, há o risco de umpilotoenfileirar uma série de vitórias e a coisaficarsemgraçademais, masisto faz parte do esporte e é umrisco a sercorrido. O mundo do tênisnão acabou quando Roger Federer ganhava todos os torneios “com a mãoesquerda” e agoratodos vibram vendo seusdueloscom Rafael Nadal.
As propostasque trazem a Fórmula 1 maisperto do públicotambém devem ser aplaudidas. Instituirsessões de autógrafos obrigatórias aos pilotos será uma justarecompensa a quempagamuitocaroporumingresso e sóvêseusídolos de longe, passando num bólido a mais de 300 km/h. Determinarqueumchefe de equipeouengenheiro fique disponívelparaatender à televisãodurante as provas é outrofatorque trará maischarme às transmissões – algoque acontece há anosnosEstados Unidos e queeusempre achei positivo. A diminuição da distância das corridas e a mudança no formato da classificação tambémsãomedidasque acho necessárias paramelhorar a dinâmica do evento.
O pacote inclui uma série de propostasparadiminuircustos – muitas delas incluindo a padronização de diversoscomponentes. Há os que pensam queisto vai contra o DNA da Fórmula 1, de serumlaboratórioparadesenvolvernovastecnologias, estimulado pela competição interna. Mas no atualcenárioeconômico mundial, eu concordo com as medidas. Melhor uma torta murchinha quealimentetodomundo do queumbolo de noiva de seteandaresqueninguém tem dinheiroparacomprar.
Vai ser interessante veragora a reação da FIA ao pacote. Ver se Max Mosley vai deixar a vaidade de lado e aceitaridéias construtivas vinda das equipes ao invés de imporcom mão-de-ferro suaprópriavontade, comosempre havia feito. Anteriormente, seuargumentoera de que as equipesnunca chegavam a umconsenso. Desta vez, chegaram. E comumpacoteinteligente, sublinham tambémquetodo o poder e a influência da FIAsão desnecessários, queela pode muitobematuarlonge dos holofotes, apenascomoentidade reguladora.
Será que Mosley vai engolir essa?
12 comentários:
Anônimo
disse...
A proposta de pontuação 12,9,7,5,4,3,2,1 só ratifica o que nunca deveria ter sido alterado que era a classica 9,6,4,3,2,1...Dar pontos ao 8o. numa corrida de , daqui a pouco, 16 carros é incoerente. A não ser que se possibilite um terceiro carro para todas a s equipes... O sistema de descartes de resultados (alguns na primeira metade e outro na segunda metade do campeonato) ajudaria também a um piloto buscar melhores posições em corridas subsequentes....de novo, igaul à década de 70. Muita espuma estes caras fazem, só isso.
É o caminho, tudo mais "pobrezinho". Só não gosto da diminuição da distância das corridas. Fixe-se um tempo, não uma distância. Com 250km, Monza não vai ter nem uma hora de duração, menos que uma corrida de DTM. Nada de exageros como as três horas de tortura da Nascar, mas corridas muito curtas vulgarizam demais o que considera-se ser o "pináculo dos esportes a motor".
Depois de toda a teatralidade por parte do dirigente (Mosley)ameaçando e prenunciando o fim do mundo, acho que ele terá o bom senso e a pseudo-humildade em aceitar as propostas das equipes, coisa que é quase inédita, em relação a união dos times (se fosse aqui no Brasil, alguém iria dizer '...nunca antes na história desse pais...'). Enfim, acho todas essas propostas válidas e trariam uma certa economia e facilidade a todos (unificar o KERS pode ser uma boa, diante do seu alto custo e estudo). Por fim, mudar a pontuação, valorizando o primeiro colocado é a mais acertada decisão de todas, melhor que isso só se realmente proibirem o reabastecimento...
Eu li os argumentos da FOTA, e só posso aplaudir. Por ali, o "Tio Max" já não pode buscar argumentos para ditar os regulamentos como se fosse o "Rei Sol: A Lei sou eu".
O bom senso diz que no dia 17, o Tio Max aceite com um sorriso as recomendações da FOTA e as passe para lei, pois caso contrário, terá uma guerra a rebentar aos seus pés. Só para terem uma ideia: o novo Acordo da Concórdia está pronto, mais ainda não foi assinado pelas equipas. Eles podem jogar esse trunfo, em caso de conflito...
Ron Groo, não dá na mesma pois dessa forma o primeiro vai fazer 12 pts e o 2º e 3º vão fazer 9 e 7 respectivamente. Então a diferença entre o 1º e o 2º aumenta para 3 ao invés de 2 pts, como é hoje.
Muito pertinente o que o Smirkoff mencionou sobre fixar tempo e não distância, já que existem diferenças consideráveis nas extensões de cada circuito.
Eu só não concordo com a tal obrigatoriedade da sessão de autógrafos, porque assim perde toda a graça do contato com os fãs, uma vez que ficará caracterizado que os pilotos não estão ali por vontade própria, porque gostam desse contato, mas sim por conta de uma cláusula contratual.
Aliás, é interessante notar que em boa parte dos casos esses caras agem como se tudo o que fizessem fosse uma obrigação, algo chato e cansativo, e que só lhes interessa apenas correr.
Um bom exemplo disso é quando estão no pódio, onde em raras ocasiões eles abrem um sorriso, mas na maioria das vezes mantêm o semblante fechado, como se aquilo fosse algo rotineiro, burocrático e nada mais.
Aliás, uma coisa que nunca vi ninguém questionar é sobre o porquê de eles nunca cantarem os hinos de seus países.
Na pauta desse blog, discussõessobre a Fórmula 1 emtodos os seusaspectos: histórias do passado, análises do presente, bastidores da cobertura e curiosidades. E muitamúsicaparatemperar essa mistura de razão com a paixãoque o automobilismo desperta.
Repórter de Fórmula 1 do Grupo Bandeirantes de Rádio, do diário Lance e da revista Racing. Apreciador de boa música, viagens e velocidade. Guitarrista amador, corredor de rua e piloto virtual.
12 comentários:
A proposta de pontuação 12,9,7,5,4,3,2,1 só ratifica o que nunca deveria ter sido alterado que era a classica 9,6,4,3,2,1...Dar pontos ao 8o. numa corrida de , daqui a pouco, 16 carros é incoerente.
A não ser que se possibilite um
terceiro carro para todas a s equipes...
O sistema de descartes de resultados (alguns na primeira metade e outro na segunda metade do campeonato) ajudaria também a um piloto buscar melhores posições em corridas subsequentes....de novo, igaul à década de 70.
Muita espuma estes caras fazem, só isso.
O que o Nick Fry ta fazendo nessa foto?
É o caminho, tudo mais "pobrezinho". Só não gosto da diminuição da distância das corridas. Fixe-se um tempo, não uma distância. Com 250km, Monza não vai ter nem uma hora de duração, menos que uma corrida de DTM. Nada de exageros como as três horas de tortura da Nascar, mas corridas muito curtas vulgarizam demais o que considera-se ser o "pináculo dos esportes a motor".
Depois de toda a teatralidade por parte do dirigente (Mosley)ameaçando e prenunciando o fim do mundo, acho que ele terá o bom senso e a pseudo-humildade em aceitar as propostas das equipes, coisa que é quase inédita, em relação a união dos times (se fosse aqui no Brasil, alguém iria dizer '...nunca antes na história desse pais...').
Enfim, acho todas essas propostas válidas e trariam uma certa economia e facilidade a todos (unificar o KERS pode ser uma boa, diante do seu alto custo e estudo).
Por fim, mudar a pontuação, valorizando o primeiro colocado é a mais acertada decisão de todas, melhor que isso só se realmente proibirem o reabastecimento...
Mais um detalhe a respeito do encurtamento das corridas: duvido que isso reverta em ingressos mais baratos...
O que o Nick Fry ta fazendo nessa foto?[2]
rapaz, estou vendo a hora dessa ex-honda anunciar Di Grassi.
Fiquei na duvida, se atribuirmos dois pontos a mais para primeiro e dermos um ponto a mais para o segundo e para o terceiro não vai dar na mesma?
Eu li os argumentos da FOTA, e só posso aplaudir. Por ali, o "Tio Max" já não pode buscar argumentos para ditar os regulamentos como se fosse o "Rei Sol: A Lei sou eu".
O bom senso diz que no dia 17, o Tio Max aceite com um sorriso as recomendações da FOTA e as passe para lei, pois caso contrário, terá uma guerra a rebentar aos seus pés. Só para terem uma ideia: o novo Acordo da Concórdia está pronto, mais ainda não foi assinado pelas equipas. Eles podem jogar esse trunfo, em caso de conflito...
O Fry foi apenas substituir o Brawn na coletiva de hoje, já que o Brawn participou da reunião em Genebra, na quarta-feira...
Ron Groo,
não dá na mesma pois dessa forma o primeiro vai fazer 12 pts e o 2º e 3º vão fazer 9 e 7 respectivamente. Então a diferença entre o 1º e o 2º aumenta para 3 ao invés de 2 pts, como é hoje.
Muito pertinente o que o Smirkoff mencionou sobre fixar tempo e não distância, já que existem diferenças consideráveis nas extensões de cada circuito.
Eu só não concordo com a tal obrigatoriedade da sessão de autógrafos, porque assim perde toda a graça do contato com os fãs, uma vez que ficará caracterizado que os pilotos não estão ali por vontade própria, porque gostam desse contato, mas sim por conta de uma cláusula contratual.
Aliás, é interessante notar que em boa parte dos casos esses caras agem como se tudo o que fizessem fosse uma obrigação, algo chato e cansativo, e que só lhes interessa apenas correr.
Um bom exemplo disso é quando estão no pódio, onde em raras ocasiões eles abrem um sorriso, mas na maioria das vezes mantêm o semblante fechado, como se aquilo fosse algo rotineiro, burocrático e nada mais.
Aliás, uma coisa que nunca vi ninguém questionar é sobre o porquê de eles nunca cantarem os hinos de seus países.
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