Não é fácil jogar uma luz sobre os desdobramentos da briga política na Fórmula 1 em cima do anúncio feito hoje pela FIA. A trégua foi assinada, mas não temos (e duvido que teremos) acesso aos detalhes do acordo. As equipes ganharão uma fatia maior do bolo?
Mais: as comissões e grupos de trabalho têm voz ativa na criação de regras, mas o Conselho Mundial da FIA ainda é que ratifica o regulamento. Ele terá poder de veto? E de aprovar propostas unilaterais feitas pelo presidente da entidade? Acredito que não, mas só acredito vendo.
O mais importante do anúncio de hoje é saber que Renault, Toyota e Brawn GP – equipes cujo compromisso com a categoria foram colocados em dúvida em diversos rumores – assinaram para correr até 2012. Ao contrário da Honda, que deixou o barco quando não havia um pacto em curso, qualquer time que queira sair agora vai precisar deixar um bom dinheiro nos cofres da FOM. Um valor que pode tornar a própria saída economicamente prejudicial.
Certamente, foi esse o ponto que levou à BMW a tomar a decisão de fechar as portas no final do ano. Assumir um compromisso de mais três temporadas com a Fórmula 1 pareceu pesado demais para seus diretores. A saída não tem nada a ver com os resultados decepcionantes desse ano, a plataforma de marketing da categoria é mais poderosa que os resultados, vide o caso da Toyota. O problema mesmo é financeiro.
Já a permanência da Renault me surpreendeu. Já não é de hoje que Carlos Ghosn dá sinais de insatisfação com os custos da presença da marca na F-1. Pelo jeito, é aqui que temos a resposta à primeira pergunta do post. As equipes devem sim estar ganhando mais agora. O bastante para os franceses. Para os bávaros, não.
A Autosport especula que a FIA deu até a próxima quarta-feira para a BMW assinar o documento, na expectativa da montadora ir atrás de um possível comprador que assuma sua operação de Fórmula 1. Seria uma surpresa se fechassem um negócio em tão pouco tempo. Prodrive? Epsilon Euskadi? Talvez, para estas duas, seria melhor negociar diretamente com a FIA uma vaga, caso a da BMW seja aberta. Sai mais barato.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Realmente fica difícil acreditar em algo que se desconhece na totalidade. A F1 precisa de ajustes. Mas não sei se é na base da politicagem financeira que se buscará o melhor caminho. Acho que BERNE Sombrio deveria ir embora!
Realmente em termos financeiros talvez tratar diretamente com a FIA seja uma melhor opção, mas será (e estou apenas especulando) que visando bons resultados a médio prazo a compra da BMW não seria uma boa opção? Meu ponto de vista é que por mais que o time esteja mal nesta temporada este já provou que tem maquinário e pessoal pra fazer as coisas darem certos e mais temporadas positivas, nesse quesito, do que negativas. Tenho conhecimento, no entanto, que entrar na F1 hoje em dia realmente não é uma questão de visar o que, mas de ter condições para pagar esse objetivo.
Grande abraço. Estou ansioso pelo Credencial.
Ico,
Li não sei onde que Piquet e um associado poderiam estar trabalhando numa forma de assumir o espólio da BMW-Sauber. Desta maneira, garantiria uma vaga para Piquet Jr. na F1. Há algo de verdadeiro nisso?
Confirmando oq Herik disse basta da uma olhadinha no twitter do Piquet.
A imprensa tá cogitando uma aliança entre o Piquet e o dono da SuperNova da GP2.
E olha o que o Nelsinho escreveu no Twitter:
"Fiquem ligados nas noticias sobre F1. Muita coisa vai acontecer. Muita coisa um tanto... Nova"
"Pessoal alimentou ai boatos sobre a BMW e tal... Só queria dizer que gosto do nome Piquet F1. Que acham?"
Realmente esse trocadilho com a SuperNova é bem suspeito.
que bom que teve um pacto de concoródia pelo menos teremos Renailt e Toyota até 2012.
E Piquet F1? Era o passo que faltava pro nelsinho já que a vida toda foi bancado pelo pai, não lutou pra ficar em nenhuma equipe smepre teve tudo na mão. O qu eme decepciona é o Nelsão fazendo isso pro filho...
Postar um comentário