Foram mais de 30 minutos de conversa com Bruno Senna durante o programa pole-position, tempo para ele falar da sua chegada na Fórmula 1 pela equipe Campos, do peso do sobrenome, das expectativas do time e da situação da saída das montadoras da categoria. Deu até mesmo para descobrir um patrocinador em potencial, coisas que só acontecem em rádio!
Vale conferir a íntegra da conversa aqui, mas um dos pontos que chamaram minha atenção foi seu relato sobre a evolução do carro que está sendo feito pela Dallara. Bruno revelou que o modelo já passou nos “crash tests” frontal e lateral, um sinal positivo, de que o modelo está em dia. Nos últimos meses, as informações vindas de colegas espanhóis davam conta que Adrian Campos chegou até a investir seu patrimônio pessoal para que o cronograma não atrasasse. Meta cumprida.
Sobre o companheiro de equipe, o brasileiro afirmou que acha mais atraente a possibilidade de contar com um piloto experiente, como Pedro de la Rosa. Mas o próprio cenário da Fórmula 1 indica que se chegar alguém com um bom aporte financeiro, garantirá uma segurança na hora de desenvolver o equipamento. Para um chassi “virgem”, um trabalho essencial. Assim, crescem as chances de Vitaly Petrov e Pastor Maldonado pela vaga.
Fico curioso para ver qual dessas equipes novas que terá o melhor carro. Todas têm seus pontos positivos e negativos, mas a experiência de décadas da Dallara pode fazer a diferença. Depois de anos de sucesso na Fórmula 3, GP2 e Indy, o passo para a Fórmula 1 era natural.
Acredito que o início será difícil para todas, principalmente pela limitação de testes. E vejo com maiores chances de ser bem-sucedida, já no primeiro ano, a equipe que tiver montado a melhor estrutura visando uma evolução a longo prazo. Mais do que nunca, a base vai ser a chave do sucesso. A Campos aparece com expertise e estrutura; a Manor/Virgin com a maior segurança financeira; e a Lotus com um projeto (surrupiado?) adiantado e um diretor-técnico experiente. A USF1 terá de fazer milagre para correr e a Sauber/Qadbak não pode ser considerada uma estreante.
Vai ser uma briga boa.
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8 comentários:
Vale sempre dar uma visitada por aqui, Ico. Grande trabalho!
ICO, ouvi vocês na Band. Como o cara é educado, sincero e transparente. Bem diferente do tio...
A Dalara já esteve na F1 fazendo os carros da antiga Scuderia Itália.
Assim como a Lola fazia os carros da francesa Larrousse.
Minha dúvida é se nesses casos o projeto é da Campos e a Dalara usa apenas sua fábrica para executar o projeto dos carros, ou todo o projeto é da Dalara, sob encomenda da Campos ?
Ico, que bom que você existe.
VALEU
O que me chama mais a atenção em toda essa questão das "novatas", é que a primeira equipe a se manifestar (antes do vestibulat da FIA, inclusive) e afirmar que tinha um projeto para entrar na F1, era exatamente a US F1... ironicamente a que mais está enrolada (ou seria enrolando?)...
Agora surgiu até uma suspeita que seus diretores queiram vender a vaga do time... será que não conseguem realizar todo o discurso?
abraço,
Renato
O que chama a atenção é que ele falou abertamente que irão utilizar o sobrenome para 'arrrebanhar' patrocinadores...isso se ele já não levou e não quer dizer, né?
A Dallara é a unica fabricante de chassis na Indy, na GP2 e na F3.
Então fica dificil medir a capacidade dela na construção de carros se não existe outro fabricante para comparar.
Assim, não acho que a Dallara vá surpreender na F1.
Se fizer um carro, pelo menos, guiável, já vai ser um grande passo.
Se a Lotus tem o chassi surrupiado, então a Lotus sai na frente.
Pelo que vimos na Toyota, muito dinheiro não significa nada.
O Know-how da campos não ajuda muito. A Honda tinham o melhor motor da F1 nos anos 80 e um dos melhores na Indy atual. E de que isso adiantou na F1 atual?
Só espero que o Bruno faça alguns pontos e tenha carro para chegar no Q2.
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