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FOTO DO DIA – SÃO PAULO, 1974
A construção do primeiro carro foi uma batalha contra o tempo, mas ele ficou pronto – e acabou destruído por um incêndio na corrida de estréia. Mas o grupo de abnegados liderado por Wilson Fittipaldi e com o suporte de Ricardo Divila não desistiu e mostrou que era possível ter uma equipe de Fórmula 1 mesmo longe da Europa. Pena que a falta de resultados gerou críticas e piadas de boa parte de uma opinião pública que jamais conseguiu compreender o tamanho do desafio que aquela turma teve de encarar para colocar em prática uma equipe brasileira. Os tempos, claro, são outros. Mas quem sabe, vendo todo o drama sofrido pela equipe norte-americana, os mesmo que riram antes vejam hoje a aventura do Copersucar-Fittipaldi com o respeito e a admiração que ela merece.
21 comentários:
Ico, diga lá:
Porque essa diferença tão grande de postura dos Brasileiros e europeus.
Na Europa as pessoas (e a mídia) torcem por seus times, Ferrari, Williams, Lotus, etc independente dos maus resultados.
Lá eles torcem porque realmente respeitam sua história, acreditam naquilo.
O mesmo vale para pilotos, que tem a torcida (diferente de ufanismo) independete das eventuais más fazes, por mais longas que sejam.
Já no Brasil, uma equipe nacional como a Copersucar/Fitti já nasce sob os auspícios dos gracejos e descrédito e um piloto vitorioso como Barrichello ou mesmo campeão como Fittipaldi no fim dos 70, são ridicularizados impiedosamente.
Estaremos nós fadados à "Sindrome de Vira-latas" que Nelson Rodrigues já falava?
Que incrível esta foto!
Lembrando que a equipe Fittipaldi possui um segundo lugar.
Se eu não me engano, a Minardi nunca conseguiu um pódio.
Sem desmerecer, é claro, a simpática equipe.
Um grande abraço do fundo do meu coração vermelho de outubro de 1917,
Atenágoras Souza Silva.
Só o fato da Copersucar ter saído do papel e competido por várias temporadas já é uma grande vitória... Quantas equipes vemos por aí que fazem alarde anunciando que vão entrar e, na hora H, não aparecem?
Aquele motor ecostado num canto, os pneus empilhados, a situação dos indivíduos trabalhando no carro, dão um charmoso aspecto de simplicidade e de compenetração naquilo que estão fazendo, chega a ser emocionante.
Resumindo, a foto é maravilhosa!
ICO, excelente que sabe agora as pessoas comecem a valorizar o trabalho realizado no Brasil. Se na época tivessemos dado o mínimo de apoio a esse equipe, que msabe hoje ela não seria muito grande.
"... a falta de resultados gerou críticas e piadas de boa parte de uma opinião pública que jamais conseguiu compreender...".
Não foi a opinião pública que publicou em diversos jornais e revistas o Copersucar estilizado em tartaruga.
De onde trinta e cinco milhões de brasileiros que um ano antes da eleição de 89 sequer tinham ouvido falar de um certo Collor tirou que ele era "caçador-de-marajás"? Não foi das publicações da Globo e do Estadão?
Num passe de mágica esse público enganado votou nele em massa como se fosse algo que prestasse e dois anos depois soube que ele não passava de um ladrão reles. O resto da história é conhecido.
A opinião publicada é absorvida e reproduzida pelo público. Como não existe notícia isenta não existe opinião pública, assim entendida aquela livremente formada a partir de fatos.
Sinto muito.
Abs.
Piada foi pouco. A gozação foi tanta que o que fazem hoje com o Rubinho é fichinha !
Sempre fui um super fã dos irmãos Fittipaldi e de sua Equipe de F1. Equipes deles, sim... porque os brasileiros, pelo menos à época, parece não terem "vestido a camisa" do time...
Os Fittipaldi & Cia merecem todo o mérito - e respeito - pela passagem que tiveram na história da F1.
Olhando os resultados do campeonato de construtores de 1980 da Fórmula 1, está lá!! A Equipe Fittipaldi terminou o campeonato à frente de Ferrari, McLaren, Alfa Romeo e outras!!
A foto é demais! Infelizmente, é de um tempo que, acho, não volta mais ao automobilismo...
um abraço,
Renato
Vou tirar sempre o chapéu ao projecto do Wilson Fittipaldi e do Ricardo Divila, bem como todos os que passaram por ali, desde o emerson até ao Rosberg, passando pelo Harvey Postletwatithe e o Adrian Newey.
Aguentaram muito mais tempo do que certos projectos avidamente anunciados, e andaram tão ou mais do que outros. No final, subiram três vezes ao pódio e só não marcaram pontos no ano de estreia. No final, podem não ter conseguido ganhar corridas e serem campeões, mas não fizeram feio não.
Ico, não sou da época portanto não reconheço os personagens da foto. Quem são, e onde é esta garagem?
E obrigado pela foto, abraços.
E o design?
http://4.bp.blogspot.com/_RVQ-ZSW65JM/RdKJzRYqbcI/AAAAAAAAAC4/T9bDVxlg-3I/s320/%2B%2B%2B%2BCopersucarFittipaldi_.jpg
Ico,
As piadas foram geradas e distribuídas por parte de uma imprensa sem formação e que acha e achava na época, que esporte para brasileiro é e era FUTEBOL.
Outra coisa importante: Até a existencia da Sauber nos anos 90, todos os chassis de F1 fabricados no mundo só foram feitos na Inglaterra, França, Itália e Alemanha. Os Fitti 01, 02, 03, 04, 05 e 06 foram os unicos construídos fora da Europa. Nem os Eagle foram feitos nos EUA.
o problema do brasileiro é de não valorizar o empreendorismo, pois como sabemos que qualquer projeto setá sujeito a falhas, problemas e insucessos. O fato da equipe de Fittipaldi ter pontuado naquela época é um feito e tanto, pois apenas "06 carros " pontuavam.....hoje em dia o 10º lugar leva pontinho no bolso. Isso realmente é um pensamento de um povo mediocre que apenas apóia o vencedor ( coisa da mídia do nosso Brasil-sil-sil) e não apóia os competidores. Um exemplo disso são as olimpiadas de inverno no Canadá e já vejo muita gente criticar os competidores brasileiros, sem mesmo entender que existe quase ou nenhum incentivo para pratica de esportes deste tipo.
Um projeto que merece muito respeito. Foi um feito incrível! Aos que nunca deram valor, é porque realmente não entendem do assunto.
Bingo! Texto perfeito.
Mas o Eduardo Correia em seu livro "Pela glória e pela Pátria" dá a entender que os Fitipaldi também se uniram a um monte de picaretas na construção dos carros e que o Divila tinha de se virar pra consertar as coisas absurdas que os outros faziam.
Até trabalhar escondido, de madrugada ele teve de fazer.
Belo post Ico, no site autoentusiastas questionaram o porque da falta de uma industria automobilistica nacional,e eu mencioneei o fato de só se valoriza o que é sucesso, quem trabalha e não consegue o "sucesso" não merece respeito e o pioneirismo dos irmãos é o maor exemplo disso,curioso também é que quando encerraram as atividades por falta de patrocinio ,Raul Boesel entrou em outra equipe com o patrocinio total do instituto brasileiro do café
A Varga, fabricante nacional, na época de freios automotivos, desenvolveu e forneceu os freios do carro por curto periodo. Como tiveram problemas nos freios, simplesmente deixaram a equipe na mão, não foram capazes de ter visão e continuar desenvolvendo os freios. A Varga, será que ainde existe? Esse fato resume o pensamento empresarial da época e contribuiu para o encerramento da equipe, que sem apoio não restou outra alternativa.
Batalha sem sombra de duvidas ! Ainda mais naqueles tempos idos !
Temos muitos problemas no Brasil, mas problemas existem no mundo inteiro !
Por aqui o lado negativo fica sendo sempre superestimado enquanto que as coisas boas nem sequer sao citadas !
Parabens para todos que participaram deste belo capitula da historia do nosso automobilismo !
- o mecânico no cockpit é o japonês Itoh (não lembro o primeiro nome, também, pudera!). O ocidental ao lado, não tenho idéia.
- é bem verdade, piadinhas sempre fizemos desde o início, antes mesmo de qualquer resultado ser atingido.
Eu e meu irmão estivemos no GP Brasil de 75, vimos a corrida de dentro da curva 1, no fim do espaço do paddock; Wilsinho largou atrasado, provavelmente para não arriscar quebra ou acidente logo no início, mas passou soltando uma fumacinha branca, óleo provavelmente, no que imediatamente um cara ao lado da gente disse: 'Í, ó lá, o copersucar virou melado'. Mas tá na cara que era uma questão de não perder a chance de fazer uma piada, ao contrário de demonstrar falta de crédito.
Dito isto, a fumacinha parou e o carro foi até o final, classificando-se em último, a duas voltas do vencedor.
- penso que demoraram muito para transferir toda a operação para a Inglaterra; o fervor nacionalista, o desejo de realizar o chassi todo no Brasil foi ingenuidade, pra dizer o mínimo - a equipe não deixaria de ser brasileira mesmo se se baseasse em mão de obra e manufatura estrangeiras.
- de todo modo, em retrospecto está claro que conseguiram bons resultados o suficiente para justificar apoio nacional para que continuassem competindo.
Fernando Amaral
Posso estar errado mas não é um FD0004 sendo montado ? Daí seria final de 1975 ou inicio de 76.
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