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TREZE, DOZE OU ONZE?
O xadrez político da Fórmula 1 foi bem movimentado nesta terça-feira, um sinal claro de que o relógio dos jogadores vai chegando a um momento decisivo. É hora de um dos lados dar o cheque-mate, ou um acordo selar um empate.
Fazendo uma leitura de tudo o que aconteceu hoje, tudo indica que teremos doze ou mesmo apenas onze equipes disputando o GP do Bahrein – e o resto da temporada. Dos times incertos, a Campos é a mais próxima de confirmar sua presença, mas corre contra o tempo para aprontar dois carros, juntar uma equipe de engenheiros e mecânicos e mesmo um segundo piloto para correr ao lado do praticamente certo – mas ainda não confirmado – Bruno Senna.
Só que a informação que me chegou hoje não foi boa para esta pretensão. Colin Kolles se encontrou com um representante de Chad Hurley, o dono do You Tube, numa ponte construída por Bernie Ecclestone. Mas as duas partes não chegaram a um acordo. Ao que parece, o conselheiro do bilionário norte-americano vai sugerir que ele invista seu dinheiro em outro lugar que não essa complicada F-1.
Por outro lado, e do outro lado do Atlântico, o mesmo Hurley aparece como possível salvador da USF1 nessa entrevista de uma fonte anônima publicada na Autosport. O “garganta profunda” acusa Ken Anderson como o responsável pela tímida evolução do projeto, mas aposta no apoio do dono do You Tube e acredita que uma injeção de dinheiro resolveria os problemas. A mesma fonte ainda admite que o trabalho está muito atrasado e que ninguém na fábrica de Charlotte acredita que o time estará pronto para correr no Bahrein.
A FIA confirmou que conversa com Ken Anderson, mas não revelou o teor da negociação em curso. É aí que a polêmica carta aberta da Ferrari publicada hoje ganha relevância. O pacto da Concórdia não permite que uma equipe falte a uma corrida. Caso a FIA queira mudar isso para ajudar a USF1 e, eventualmente, a Campos, precisaria da aprovação de todas as outras. Incluindo a Ferrari e os times que estão com ela nessa briga (que permanecem anônimos, mas incluem McLaren, Mercedes, Red Bull e Toro Rosso).
Outra variante seria a da Stefan GP entrar no lugar da USF1. Aqui também seria necessária a aprovação dos outros times – como foi no caso da Sauber. Alguém aí imagina Ferrari e outras acenando positivamente a estes cenários, depois de chamar um time de “vassalo”, um segundo de “escondido” e um outro de “abutre”?
O ataque ferrarista foi um grito público de “xeque”. Acredito que os times de ponta podem até mudar de postura desde que algumas de suas reivindicações sejam atendidas. É um cabo-de-guerra, e no momento que está puxando mais forte são eles.
15 comentários:
é o que parece mesmo, teremos 11 equipes. Não acredito que kolles faça o milagre da multiplicação de mecânicos e engenheiros e faça um carro com um mínimo de confiabilidade pra andar no Bahrein.E a USF1 parece ser apenas uma grande piada americana de mau gosto...
Estamos a três semanas do início da temporada e tem equipe que esta procurando uma forma de arranjar dinheiro para correr. Vamos dizer que a USF1 consiga o dinheiro hoje, como seria possível construir um carro em tão pouco tempo? Mesmo quem comprem o chassis não acredito que alguem, mesmo que com dinheiro seja capaz de alinhar um F1 no Bahrein.
Ico, polêmicas à parte, a Campos/Meta 1/Campos-Meta poderia correr com um carro só, o de Bruno Senna? Ou o regulamento veta? Abraço e parabéns pelo trabalho!
Postei uma observação sobre o endereço da Mercedes GP no Reynard Park no post sobre esse assunto e imagino ser o real motivo desse nome. Um abraço.
Mosley antes de abandonar, tentou foi naufragar o barco... 1. A escolha dos times... sem nenhum know how de F1, nem GP2... e muito menos sem um plano financeiro bem definido. 2. O teto orçamentário que tentou implementar. Na boa... F1 não é pra todos... é pra um grupo muito seleto de equipes. A FIA consegue muito bem atrair outras grandes equipes a entrarem na F1... Volksvagem... etc... é só fazer um bom plano estratégico pra isso... 3. A saída da BMW, Toyota e Honda sem um grande esforço para mante-las. Ou seja: saem BMW, Toyota e Honda, entra USF1, Campos, Manor... O nível caiu demais! Honda era pra ser a Brawn... e finalmente estar entre as grandes... Toyota fez um 2009 até bom, e podia chegar forte no pelotão do meio nesse ano... BMW idem. Agora vamos ter uns 4 times brigando na frente... uns 4 no meio e 4 atras. 2010 vai ser que nem futebol... dividido por divisões. Espero que Todt comece a se mexer e a tomar atitudes positivas... e não vai ser fácil reverter esse quadro.
Eu só sei que nesse ano vai ter muita gente tomando volta... ahh vai...
Parabéns, na minha modesta opinião, melhor análise sobre o comunicado à imprensa da Ferrari.
Parabéns mais uma vez Ico;
o seu profissionalismo deixa tudo mais claro..
com relação ao post, parece que teremos mesmo 11 equipes..
se bem que surpresas podem acontecer a qualquer momento..
abraço e até mais!
Tomás;
http://theformula1.wordpress.com/
(meu blog de F1)
www.oconsumidoremdebate.blogspot.com
Um ponto que deve ser considerado pelas equipes sérias e estruturadas, ao pensar em dar a vez ou não a essas aventureiras, é o quesito da segurança.
Supondo que por um milagre essa Campos (a USF1 não vai conseguir, não dá tempo) leve seu(s) carro(s) para a primeira corrida do ano, sem treino, sem shakedown, sem nada.
Obviamente vão levar no mínimo 3 voltas da Lotus e da Virgin, isso se conseguirem sair do lugar, mas imagine como será a segurança na pista, com dois carros se arrastando e correndo o risco de se desintegrar pelo caminho.
O mais sensato seria, de comum acordo, dar um prazo para entrarem na terceira ou quarta corrida da temporada, pois se está colocando em risco a integridade dos pilotos, do pessoal das equipes e até da própria torcida (vide o caso da corrida de dragster, na qual um pneu acertou em cheio uma torcedora, na arquibancada).
Bom senso, FIA e FOM, bom senso...
Nosso amigo Edgard fez uma análise coerente. Como que a USF1 vai para a pista sem a aprovação de um test crash? Isso é uma "tentativa de assassinato". Só discordo no ponte que ele diz que deveriam ter um tempo, para entrar mais a frente. Aí não concordo. Virgin, Lotus e Sauber também são equipes novas, mas fizeram o que puderam para cumprir o regulamento e abrir excessões agora não seria correto com esses times.
Pra quê então uma pontuação que beneficia até o décimo colocado, se somente 22 carros largarão?
Pode até acontecer que não haja classificados ao final da corrida, em número suficiente para receber todos os pontos.
A FIA Atacou dando permissão a estas equipes de fundo de quintal lugar na F1, provavelmente contando que numa possivel crise elas alinhassem ao lado da entidade contra a FOTA.
O tiro parece ter saido pela culatra.
E agora a Ferrari contra ataca ainda que não envolva o nome da FOTA nisto.
Acho que ainda vai longe esta pendenga, só pra atrapalhar um campeonato que se avizinhava tão bom.
ico, suas análises sao sempre corretas e ponderadas analisando aspectos que nao percebemos. preciso ler mais o seu blog.
abracao,
looddl
E essa nova notícia, de que a USF1 estaria buscando uma fusão com a Campos, ou mesmo com a StefanGP? Já ficou sabendo? Tem base a notícia ou é só mais um boato?
Truta, pode aparecer aqui todo dia que vai ter alguma coisa bacana.
Thiago, eu nao chamaria de fusao. Mas a idéia era colocar o Pechito Lopez na Campos, levando a grana que ele levaria para a USF1, q vai virar apenas uma nota curiosa de rodapé na história da F-1.
Abs!
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