segunda-feira, 24 de maio de 2010

A HISTÓRIA DA IMAGEM – ABRIL

Com um atraso enorme, eu sei, aqui está o vencedor do “A História da Imagem” do mês de abril. Desta vez tivemos diversos participantes e muitos textos excelentes, a turma está escrevendo muito bem. Mas tem que haver um vencedor e minha escolha recaiu no material enviado pelo Cristiano Buratto, de Londrina, um texto leve, conciso e com uma pitada pessoal. Confira abaixo!

Aproveitando, essas promoções do blog vão dar um tempo de alguns meses. Por um lado, já deu para perceber que a correria da temporada tira muito do tempo necessário para apreciar e avaliar as contribuições de vocês com a calma necessária – por isso a demora em apurar o vencedor do mês passado. Por outro, a proposta do “Fazendo o Cartaz” com o Circuito da Gávea simplesmente não empolgou a ninguém. Ainda vou ver a melhor forma de interação com prêmios e retomar isso com força total nos períodos de entressafra de viagens, combinado?


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Minha curiosidade sempre persistiu. Não tinha memória alguma dele. Websites de video, de uns anos para cá, me mostraram quem foi o canadense Gilles Villeneuve, que tantos admiravam. Exibições quase surreais. Começou competindo no automobilismo em arrancada e turismo em 1971, foi campeão em categorias de Fórmula Ford canadense regional de Quebec em 1974, de Fórmula Atlantic Can-Am em 1976 e 1977, e vencedor inclusive de motoslitte (campeão mundial em 1974 de trenó motorizado!!!). Pelo desempenho na Fórmula Atlantic, que vez por outra tinha pilotos de Fórmula 1 participando, conseguiu uma indicação de James Hunt para a McLaren, e de Chris Amon para a Ferrari.

Sua estreia, com um terceiro carro ultrapassado (McLaren M23), superando em duas posições na largada um dos titulares da McLaren (de McLaren M26), eram o prenúncio do que viria a seguir. Chegou mostrando seu ímpeto, buscando limites, colocando os pneus a ralar de lado sempre que necessário. Gilles Villeneuve largou em 9º, chegou a andar em 7º, mas terminou em 11º com problemas no motor. Marcou a 5ª volta mais rápida. Enzo Ferrari gostou do que viu, conseguiu sua liberação contratual e o levou para a Ferrari.

Interessante que na mesma corrida, o XXX British Grand Prix (honorificamente, Grand Prix d'Europe), em Silverstone, no dia 16 de julho de 1977, estrearia oficialmente um certo carrinho amarelo que simbolizaria a sua marca, a sua maior vitória, ironicamente em disputa por um segundo lugar, na França, dois anos depois.


Viu, nessa corrida de estreia, o efêmero companheiro de equipe, James Hunt, largar na frente, cair para quarto e vencer. O segundo lugar foi conquistado por Niki Lauda (Ferrari 312T2, no exato cockpit que ocuparia poucos meses depois). Gunnar Nilsson (Lotus 78) completou o pódio, Jochen Mass (McLaren M26), Hans Stuck (Brabham BT45B) e Jacques Laffite (Ligier JS7) fecharam a zona de pontuação.


Seis vitórias em 67 GPs disputados, um vice-campeonato, 107 pontos no total.
Os números parecem enganar os olhos.

6 comentários:

Marcelle Costa disse...

parabéns ao vencedor:)

Tohmé disse...

Legal ver o patrocinador (???) do Alex Dias Ribeiro na grade, do lado de uma marca de cigarros.

Gusz disse...

Parabéns ao vencedor, Cristiano. Ainda não foi dessa vez que tive o meu texto escolhido...

roger disse...

O normal era Jesus Save...ali é Sauve...não havia visto desta forma!

José Inácio Pilar disse...

Bem bacana!

Cristiano disse...

Fiquei muito feliz de ter o meu texto escolhido. Na edição anterior eu não consegui identificar quase nada na imagem. Obrigado pelos elogios.