Tivemos na última semana uma enquete sobre as mudanças do regulamento. E a opinião de vocês ficou clara em vários aspectos:
- 77% dos votantes são contra a asa traseira móvel
- 71% aprovam a volta da regra dos 107% para os tempos na classificação
- 68% gostam do banimento do difusor duplo
- 63% estão satisfeitos com o fim dos dutos de ar
O único ponto que claramente dividiu opiniões foi a volta do KERS: 48% são contra, 45% a favor. Do ponto de vista esportivo, podemos esperar novamente o grid dividido entre quem usa e quem não. As equipes médias, como a Sauber e a Toro Rosso, podem abrir mão do dispositivo por seu custo elevado em tempos que exigem austeridade. No momento, sobreviver é o nome do jogo.
Para a volta do KERS, a FIA inclusive aumentou o peso mínimo dos carros para 640 quilos (era 620). Interessante ver que foi sufocada a chance dos times médios em pequenos em conseguir alguma vantagem ao trocar o peso do KERS pela liberdade de distribuir mais lastros pelo carro.
Tudo porque a FOTA definiu numa reunião em Silverstone como será a distribuição de peso dos carros do ano que vem: na proporção 46:54, com uma variação de no máximo 0,5% (pouco mais que três quilos).
O motivo para a inédita medida – até então os times sempre tiveram liberdade total quanto a distribuição de pesos para criar seus projetos – se chama Pirelli. Com uma borracha que é uma incógnita, os times querem eliminar a possibilidade de um carro conseguir, por mero acaso, uma distribuição de peso que otimize o desempenho da borracha. Enquanto os que tiverem errado jogariam a temporada no lixo ou gastariam milhões para reajustar seus modelos.
Uma medida também serena e justificável em tempos de crise. Mas seria bem engraçado se uma nanica do grid acertasse a mão sem querer e saísse ganhando tudo! Com o pacote que temos, fica uma certeza: a distribuição de forças em 2011 não vai mudar muito em relação ao que temos agora.
(Foto Luis Fernando Ramos)
- 77% dos votantes são contra a asa traseira móvel
- 71% aprovam a volta da regra dos 107% para os tempos na classificação
- 68% gostam do banimento do difusor duplo
O único ponto que claramente dividiu opiniões foi a volta do KERS: 48% são contra, 45% a favor. Do ponto de vista esportivo, podemos esperar novamente o grid dividido entre quem usa e quem não. As equipes médias, como a Sauber e a Toro Rosso, podem abrir mão do dispositivo por seu custo elevado em tempos que exigem austeridade. No momento, sobreviver é o nome do jogo.
Para a volta do KERS, a FIA inclusive aumentou o peso mínimo dos carros para 640 quilos (era 620). Interessante ver que foi sufocada a chance dos times médios em pequenos em conseguir alguma vantagem ao trocar o peso do KERS pela liberdade de distribuir mais lastros pelo carro.
Tudo porque a FOTA definiu numa reunião em Silverstone como será a distribuição de peso dos carros do ano que vem: na proporção 46:54, com uma variação de no máximo 0,5% (pouco mais que três quilos).
O motivo para a inédita medida – até então os times sempre tiveram liberdade total quanto a distribuição de pesos para criar seus projetos – se chama Pirelli. Com uma borracha que é uma incógnita, os times querem eliminar a possibilidade de um carro conseguir, por mero acaso, uma distribuição de peso que otimize o desempenho da borracha. Enquanto os que tiverem errado jogariam a temporada no lixo ou gastariam milhões para reajustar seus modelos.
Uma medida também serena e justificável em tempos de crise. Mas seria bem engraçado se uma nanica do grid acertasse a mão sem querer e saísse ganhando tudo! Com o pacote que temos, fica uma certeza: a distribuição de forças em 2011 não vai mudar muito em relação ao que temos agora.
(Foto Luis Fernando Ramos)
8 comentários:
É, Ico, pra nós, uma outra Brawn seria ótimo, mas tenho certeza de que muitos Ron Dennis, Montezemolos e Theissens da vida não ficariam nada contentes...
Bom, meu irmão sempre diz que engenheiro sabe resolver problemas. Que se virem pra, num regulamento fechado, fazer a diferença...
Seu Blog é o melhor!
Continue postando curiosidade e atualizando sempre..
Abraços
Severien.
www.capacetesf1.blogspot.com
A única coisa que eu sei, é que eles mudam isso, mudam aquilo, mas tudo continua igual.
Esse pacote de mudanças para 2011 é uma vergonha, revoltante. Ela serve apenas para, mais uma vez, nivelar a F1 por baixo. Com o amargo e azedo adicional de carros pesados e KERS (relativamente) ineficientes. Não sei até onde vai minha paciência.
Mais uma vez sua análise foi precisa como as mãos de um nano-cirurgião!
Parabens!
WWW.JOSEINACIOFALOU.BLOGSPOT.COM
Não sei se mais alguém percebeu, mas o Tony Purnell, ex-conselheiro técnico do Mosley, conseguiu fazer passar pra Indy 2012 boa parte das idéias que a "Administração Mad Max" ansiava ver na F1: chassi padronizado e de fornecedor único, com partes aerodinâmicas liberadas sob um teto orçamentário, motores V6 turbo. Em 2013 a F1 vai ter que mudar tudo. É bom ficar de olho nos testes que vão começar no "lado de cá" do Atlântico.
Num regulamento fechado como esse não podemos ver desenvolvimento nos carros. Vamos sempre ver uma ou duas equipes que acertaram a mão em seus projetos dominarem o ano inteiro (vide RBR e McLaren em 2010 e Brown e RBR em 2009). Mesmo em tempos de "austeridade financeira" deveríamos ter 2 janelas de treinos após a 6a e 12a corrida, por exemplo. Sempre achei admirável esta capacidade das equipes em desenvolver os carros. Algumas idéias acabam surgindo que podem favorecer os carros de passeio depois... este ano só vemos as equipes mudando no 2o pelotão: Ferrari, Mercedes, Renault, Williams chegando pra embolar.
Esse peso maior atras vai ajudar o Schumi?
Abs
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