Com que asa eu vou? Essa é a pergunta que está sendo feita nos boxes da maioria das equipes aqui em Monza. Repare como, em frente aos boxes da McLaren, há dois modelos completamente diferentes para a asa dianteira de Lewis Hamilton. O de trás é o mesmo que ele utilizou na última corrida de Spa. O da frente lembra um modelo antigo da equipe e, provavelmente, é uma opção para a pista de Monza por oferecer menos arrasto aerodinâmico, o que garante mais velocidade de reta – o cálice sagrado neste pista.
Mas a principal questão está na asa traseira. As equipes que possuem o duto de ar – ou seja, todas com exceção da Toro Rosso e das novatas – trouxeram para esta pista um modelo especialmente desenvolvido para Monza, de tamanho reduzido e que produz menos arrasto. Só que a peça não permite o uso do duto de ar, pois ela não consegue estolar o fluxo canalizado pelo “F-Duct” para ganhar a velocidade extra na reta.
Ou seja, a dúvida dos engenheiros é esta: se usarmos a asa normal da temporada (que produz mais arrasto), conseguiremos a mesmo velocidade final de reta do que com a asa especial para Monza, tendo ainda o benefício de um carro mais estável em curvas de alta como a Lesmos, a Ascari e a Parabólica?
As respostas, eles terão nos treinos livres de amanhã, quando utilizarão o carro nas duas configurações. A título de curiosidade, o procedimento vai ser iniciar a sessão com o duto de ar e a asa “normal”, para depois desmontá-lo e usar a asa “especial”. O motivo é o tempo: é mais rápido desmontar do que montar a solução.
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2 comentários:
Interessante. Achei que já estava certo que as asas "sem pressão" seriam utilizadas em Monza.
Amanhã veria os treinos e levaria um choque ao ver os carros com as asas normais.
Abraço!
Ico, a asa antiga foi usada por Lewis em Spa, não a nova. Na classificação, Lewis usou a asa nova até o Q2, partindo para a asa antiga no Q3 e na corrida, enquanto Button utilizou a asa nova durante todo o tempo no fim de semana belga. Já nos treinos livres de hoje, ambos usaram a asa antiga.
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