O acordo de Luiz Razia com a equipe Lotus é um tanto promissor para o piloto brasileiro. A chance de andar durante algumas sextas-feiras, incluindo a da corrida de Interlagos, vai lhe permitir acumular uma importante quilometragem que não foi possível no ano passado na Virgin. A vaga é especialmente promissora levando em conta que um dos titulares, Jarno Trulli, já está no (ou já passou do) anoitecer da sua carreira na Fórmula 1.
Assim, não foi surpresa encontrar um piloto animado quando falei com ele. “A Fórmula 1 tem tantas variáveis que não dá para dizer que só depende de mim para virar titular em 2012. Mas poder fazer estes treinos livres ao lado dos melhores pilotos do mundo é um objetivo alcançado. Acho que se fizer um bom trabalho às sextas-feiras e me empenhando ao máximo no contato diário na fábrica, acredito que eles vão confiar muito no que eu posso oferecer”, afirmou o baiano, que já busca residência na região da fábrica em Norfolk (atualmente ele mora perto de Oxford).
Ao lado de Razia, o italiano Davide Valsecchi também deve ter a chance de andar em alguns treinos livres e disputar a GP2 pela equipe “júnior” da Lotus, o Team Air Asia. O trabalho da dupla já começou. Enquanto a equipe fazia o lançamento do seu carro deste ano pela Internet, Razia e Valsecchi voaram para Abu Dhabi onde irão disputar a primeira etapa da GP2 Ásia, um campeonato menor e encarado como preparação para o certame principal, que vai de abril a setembro. No comando do Team Air Asia está o inglês Phil Spencer, que era até ano o passado o chefe dos mecânicos da Lotus.
Mas a chance de pilotar o carro de F-1 acontecerá em breve. A categoria fará no Bahrein, no primeiro final de semana de março, o último teste coletivo antes do início da temporada. Razia ficará a cargo do trabalho em um dos quatro dias de atividades. Assim, se tornará o primeiro brasileiro a conduzir um Lotus desde a saída de Nelson Piquet da equipe, em 1989. E busca evoluir no grid em 2011 depois de ser a melhor das novatas no ano passado.
“A equipe está confiante em fazer uma boa temporada. A Lotus vai usar motores Renault e o mesmo câmbio da Red Bull, o que muda muito a estrutura do carro. Já existe uma programação de desenvolvimentos para ele. O objetivo será de classificar os pilotos entre os 15 primeiros da classificação, o que seria um bom avanço em relação ao ano passado”, explica Razia.
Além do câmbio da equipe campeã mundial, a Lotus também deve usar algumas vezes o simulador de Milton Keynes, tido como um dos mais avançados da F-1. Mais um ponto a favor desta atrativa vaga na Lotus.
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Um comentário:
Para aqueles que achavam dificil ma renvação de brasileiros no grid da F1, LUIZ RAZIA é a resposta! Parabéns garoto!!
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