Há uma semana, o susto: uma batida forte, acentuada por uma conjunção infeliz de fatores, quase encerrou a trajetória de Robert Kubica. O azar do guard-rail que entrou dentro do Skoda Fabia de rali se contrapõe à sorte do polonês de, ao que tudo indica, seguir sua vida como qualquer ser humano. Os primeiros sinais sobre a recuperação das funções da mão direita são positivos e se sucedem agora as operações para corrigir as fraturas sofridas neste lado do corpo.
A dúvida que fica é se a recuperação será plena a ponto dele voltar a pilotar um Fórmula 1 - e com a mesma qualidade. Sua entrevista ao jornalista Pino Allievi do Gazzeta Dello Sport é para encher seus fãs de otimismo.
“Quero voltar mais forte do que nunca. Foi assim em 2007, depois da batida no Canadá: fiquei fora uma corrida e voltei melhor. Pilotar não é só virar o volante e acelerar, é mais que isso. Há uma diferença entre pilotar a 80% e a 95%. O que pode trazer esses 15% extra é a sua habilidade e sua motivação. Desde aquele episódio sou mais forte psicologicamente. E será o mesmo quando eu estiver fisicamente recuperado. Eu tenho de voltar neste ano”, falou Kubica.
Seria mais um episódio na história de determinação incrível para ele. Em 2003, o polonês fraturou o (mesmo) braço direito num acidente de trânsito em seu país, quando era passageiro e o carro dirigido por um amigo foi atingido em cheio por um motorista bêbado. Perdeu o início da temporada da F-3 Européia mas voltou para correr em Norisring, a etapa mais popular no calendário da categoria, que é realizada junto da DTM.
Eu estava em casa no dia e assisti aquela prova na tevê alemã. Tinha visto Kubica brilhar antes numa prova de F-Renault no Brasil e fiquei impressionado quando o narrador destacou que o polonês, terceiro do grid, estava voltando às pistas e corria ainda com pinos de titânio no braço.
Quando foi dada a largada... bem, vejam vocês mesmos as imagens. Observem a agressividade e a autoconfiança dele no início e depois na briga com o líder. E reparem a vantagem que ele abre até o final. Ao final do filme, releiam o que Kubica disse acima sobre voltar mais forte mentalmente depois de sofrer um golpe do destino. Alguém duvida dele agora?
Tomara que esta nova volta chegue logo!
(Foto Renault)
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4 comentários:
Respect.
É... no tempo 5'24" percebe-se o quanto ele abriu.
Abs.
Eram retardatários, Anselmo. :-)
Repare a distância real no 5'09". Abs!
Ico,
Eu devo estar enganado, mas no tempo 4'37" ele passou um carro (azul?) que seguramente não é o que vem em 2o (de nariz amarelo) no tem 5'09".
Os dois carros que estão logo atrás do nareba no tempo 5'24" são
azuis, como o que ele passou no 4'37".
Meu questionamento vem da estranheza de ver o piloto ter um carro para ultrapassar (4'37") e em cerca de 15s abrir tanto (antes mesmo de 5'09"), ter demorado tantas voltas para ultrapassar. Só isso.
É o que me pareceu. Mas, se vc diz que é isso, então tá ok.
Abs.
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