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Já o conselheiro da equipe, Helmut Marko, foi bem menos contido em seu entusiasmo com as primeiras voltas do RB7, afirmando que o time venceria os concorrentes “com uma volta de vantagem” caso a primeira corrida do ano fosse hoje. Exagerado, mas não muito.
Conversando com quem entende bem do que viu na pista de Valência e nos dados da telemetria, a conclusão é que o carro da Red Bull começou o ano com pelo menos meio segundo de vantagem para a concorrência. A boa tração na saída das curvas foi o que mais chamou a atenção, especialmente numa semana em que os times sofreram bastante com o desgaste elevado dos compostos macios da Pirelli. Algo até esperado para um modelo que traz consigo uma filosofia aerodinâmica introduzida há três anos e que foi sendo aperfeiçoada aos poucos.
É claro que estamos falando apenas em uma tendência, pois muita coisa vai acontecer até a abertura da temporada, no dia 13 de março no Bahrein. Todas as equipes vão introduzir novidades em seus carros nos próximos testes - e as sessões desta semana em Jerez de la Frontera trarão a primeira comparação do RB7 com o inovador modelo da McLaren, o MP4-26.
Mas o resto dos concorrentes já se preocupa. A Ferrari confia na sua capacidade de desenvolvimento, mas já teme iniciar o ano correndo atrás do prejuízo. E o time italiano se assustou ao ver o salto que a Renault Lotus conseguiu com o carro novo, conseguindo uma performance muito parecida à do F150. O time do carro preto e dourado demonstrou claros sinais de que pode incomodar as equipes grandes, embora a inesperada perda de Robert Kubica para a temporada pode ter sido um golpe duro demais para atingir estas pretensões.
É o risco de um time que sonha em ser grande mas abre uma de suas vagas para um piloto pagante. Quando acontece algo inesperado com o “de verdade”, se vêem num beco sem saída. Não há um substituto à altura de Kubica disponível no mercado. Pensando alto e longe, eu sei que é impossível disso acontecer, mas acho que substituir o polonês seria uma ótima para Felipe Massa: um carro promissor nas mãos e a chance de liderar uma equipe longe do ambiente cheio de intrigas da Ferrari de Fernando Alonso.
Deixando a maionese de lado, vale reforçar: olho no avanço da Red Bull nestas semanas de pré-temporada. O carro novo nasceu confiável, estável e veloz. E Adrian Newey já deixou claro que prepara para o Bahrein uma grande atualização no pacote aerodinâmico do carro que vimos em Valência. “Ainda não terminamos nosso desenvolvimento nessa área para a primeira corrida”, avisou.
Não é por menos que Christian Horner se divertiu quando lhe perguntei em Valência se colocar uma folha em papel em branco na frente de Newey compensava o prejuízo de ter muitas mudanças no regulamento para o time que tinha o melhor carro. “Veremos. O que eu posso dizer é que eu confio nas ideias que temos para extrair o máximo do equipamento dentro destas novas regras”, garantiu. Não é prá menos. Ano passado deu certo. Veremos agora um repeteco da dominação dos carros azuis?
(Foto Luis Fernando Ramos)
7 comentários:
Ico,
Na temporada passada, o equilibrio aconteceu muito mais por erros e quebras dos azuis que pelo merecimento dos outros times.
Newey é de longe o mais talentoso projetista da categoria,logo sua mais nova criação é o carro a ser batido.
abs
Putz, se começar assim complica...
Espero que não seja assim, que o MP4-26 seja um grande adversário. Mas o que esse Newey faz é brincadeira...
Qual será o grande segredo do RB7?
Abraço!
o grande segredo do RB7 é o Newey!!
Ico, qual é o "nickname" que o Vettel deu ao carro este ano?
Perguntamos a ele isso lá em Valência, claro, mas ele ainda não tinha decidido.
Abs!
Ico, o Vettel já escolheu o nickname: Jujubinha!!! Ahahhahaha. RB7, vem com tudo!!! O BI é nosso!! Alemãozinho vai barbarizar!!!! Bjos, Ju!
No Bahrein, o MP4-26 vai colocar 0.5s no RB7. Anotem aí!
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