
Mas sua função é justamente a de estar pronto para substituir um piloto titular à altura quando a ocasião surgisse. Não foi o caso, para quem guiava uma Ferrari, os tempos deveriam ter sido melhores, mesmo com o carro pesado. A Fórmula 1 nunca foi palco para testes de luxo. A equipe assumir essa postura mostra que todo o rolo que envolveu o retorno não concretizado de Michael Schumacher acabou resultando num indigesto abacaxi de sobremesa.
Vendo os desempenhos de Jaime Alguersuari na Hungria e o de Romain Grosjean hoje, seria melhor se a Ferrari optasse pelo pragmatismo desde o início e pegasse um piloto que estivesse em atividade em alguma outra série. Como Marc Gené, por exemplo. Com a corrida em território espanhol, a notícia daria um ótimo retorno publicitário e o resultado, imagino, teria sido melhor.
Assim, Rubens Barrichello está coberto de razão ao afirmar que a Ferrari teria feito um ótimo negócio se tivesse escolhido Nelsinho Piquet. É claro que seria uma escolha impossível, já que o julgamento da Renault no início desta semana atrasou todo o procedimento da efetivação de Grosjean na Renault e, por uma política de cordialidade, os italianos jamais passariam por cima disso.
Luca Badoer é um cara bacana, leal à equipe Ferrari e pode até ter um crescimento de performance muito grande ainda neste final de semana. Mas a impressão deixada hoje depois de um dia tão desastrado é que sua escolha foi um erro. Em cima disso, imaginar como Michael Schumacher teria se saído se torna um exercício interessante. Na minha opinião, seria muito melhor que Badoer, mas muito abaixo da expectativa geral que seu retorno havia criado. E na sua?