Em turbulência desde o último GP da Hungria, a McLaren foi alvo de intensa especulação nas últimas semanas. Rumores voaram para todos os lados, principalmente na horrível cobertura das imprensas especializadas inglesa e espanhola. Para mim, ficou claro desde o início que Ron Dennis faria de tudo para manter seus pilotos – a história de que teria dito a Alonso para ir embora sempre soou como uma tremenda cascata. Pelo contrário: embora o episódio no treino classificatório em Hungaroring tenha colocado manchas na imagem do espanhol perante a opinião pública em geral, ele saiu fortalecido internamente diante da insurreição palavreada de seu companheiro de equipe.
Com o anúncio feito há pouco pela BMW Sauber sobre a manutenção da sua dupla de pilotos, o destino de Alonso está selado. Ele deve mesmo ficar na McLaren em 2008, já que só sairia de lá para uma equipe minimamente competitiva. Em Hinwil não há lugar, na Ferrari não há possibilidades para ele. Renault? Nem morto ele voltaria para a equipe no estágio em que ela está.
Resta saber o destino de Hamilton. É muito difícil que ele saia da McLaren também e deve estar costurando nos bastidores um substancial aumento no seu salário. A única possibilidade remota é uma surpreendente e atrativa proposta da Ferrari para atrair o inglês. A favor disto, conta sua insatisfação com o papel de número 2 de Alonso e sua relação com Nicolas Todt, dono da ART, a equipe com a qual Hamilton ganhou a GP2 no ano passado. Mas não dá para conceber que o time italiano troque um piloto indicado por Nicolas (Massa) por outro também indicado por Nicolas (Hamilton). E despedir Kimi Räikkönen, num momento em que seu desempenho está crescendo e ele está cada vez mais ambientado na equipe, é improvável.
Assim, tudo caminha para a manutenção das duplas de pilotos nas três principais equipes da F-1 atualmente. Só fico ansioso para ver quando os da McLaren resolverão tratar suas diferenças no acelerador, não na politicagem e no choro.
Um comentário:
A umas duas semanas atrás, ouvi na radio Eldorado que a Ferrari, através dos Todts, tinha feito uma proposta milionária para o Hamilton.
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