Mesmo sendo emjaponês, é muito interessante estevídeosobre os acontecimentos da largada de Suzuka em 1990. Ayrton Senna realmente carregou nas costasduranteumanointeiro a injustiçaque sofrera na mesmapistaem 89 – embora, na minhaopinião, não foi algodeterminante na perda daquele título, vide o acidente na Austrália. Prost chegou a ensaiarumpactoem Monza, mas o estado de espírito de Senna no Japão eracompletamentecarregado, como fica claro no briefing dos pilotos. No fim, ele fez suavingançapessoal e respondeu àquelesque considerava seusdetratorescom uma manobradecidida e perigosa. Não foi uma maneiramuitoelegante de sercampeão, mascertamenteelenão se importava comisso àquela altura. Senna eraumgrandepilotocom uma lógicamuitopeculiar, do esporte e da vida.
O mais interessante do vídeo é o seuencontrocom Soichiro Honda, deixando bemclarocomo Senna era adorado pelaturma de lá. E também vê-lo falando emum italiano fluentecom os jornalistas. Emseulivro “Na Reta de Chegada”, Berger aponta suacrença de que o brasileiro pretendia correrumdiapelaequipe de Maranello. Paraquem detestava perder, sonharcom uma Ferrari capenga é uma amostrairrefutável do apeloque o mitocriadopor Enzo Ferrari possui sobretodos os fãs de corrida. Senna na Ferrari, ia ser interessante.
Ico, foi neste GP que o Senna exigiu que o pole largasse do lado externo à primeira curva?
Se sim, provavelmente a ira dele no briefing foi pelo fato de todos terem concordado com a colocação do Piquet sobre quem passa reto na chicane, e ninguém (provavelmente) ter concordado com o Senna sobre a reformatação do grid...
Sobre a manobra, assino embaixo. Complemento com algo muito triste, que é o fato do brasileiro em geral defender esta vendeta de 1990, como se fosse de alguma forma justificável. Isso só me lembra o povão vaiando os atletas estrangeiros no Pan.
Muito legal este vídeo. Um verdadeiro enredo que poderia muito bem render um prêmio do festival de Cannes.
Essa coisa de pregarmos comportamentos éticos é muito discutível. A ética que vale para mim ou para você é muito distinta a ética do mundo da F1 ou a ética num morro do Rio de Janeiro. Para cada mundo há um próprio código e o que o Senna ou o Schummacher fizeram em suas carreiras foi apenas segui-las.
Abração!
Ah! O vídeo era em japonês? Nem notei hehehehehe!!!! Lembrei de tudo.
Para falar a verdade eu adorei a hora que bateu. Foi tão sacana como em 1989. Só que naquele ano o Balestre desclassificou o Senna por ter sido empurrado, mas depois de muitos anos confessou que ajudou o Prost. Quem começou a sacanagem foi o Prost.
O Senna queria que mudassem o lugar da pole porque o lado de dentro ficava sujo. Era uma solicitação justa.
Realmente o encontro com o Senhor Soichiro foi muito legal. Imagine o que significava esse homem no Japão.
Os tumulos do meu pai e do Senna lá no Cemitério do Morumbi são próximos. Até hoje a gente vê excursão de japoneses lá no Cemitério. Ele era realmente um ídolo.
Quanto ao que Senna reclamou no briefing, foi sobre o ponto de vista do Piquet: que se o piloto perdesse a curva, pudesse seguir em frente cortando o caminho. Por que se fosse voltar(como "deveria" ter sido feito em 1989) na contra-mão isso sim seria perigoso. Senna foi desclassificado por conta de ter feito justamente isso que o Piquet falou. Por esse motivo, ele ficou puto.
Prost tentou destabilizar Senna com um aperto de mão em Monza, mas Senna deu o troco de 89 . O prórpio Senna disse que 89 estava entalado na garganta dele. FOi um desabafo! Viva o Senna !!!!!!!
Concordo que não foi uma maneira muito elegante de vencer um campeonato mas, convenhamos, esse negócio de levar um tapa e oferecer o outra face, só na Bíblia, né.
Eu confesso que para mim, foi um pouco frustrante acordar às 4 da manhã (eu, o meu avô e o meu pai) e a emoção acabar na primeira curva. Mas de uma certa forma, ele queria vingança e teve-a. A atitude era reprovável, é certo, ele nem queria saber se aquilo era perigoso ou não...
Na pauta desse blog, discussõessobre a Fórmula 1 emtodos os seusaspectos: histórias do passado, análises do presente, bastidores da cobertura e curiosidades. E muitamúsicaparatemperar essa mistura de razão com a paixãoque o automobilismo desperta.
Repórter de Fórmula 1 do Grupo Bandeirantes de Rádio, do diário Lance e da revista Racing. Apreciador de boa música, viagens e velocidade. Guitarrista amador, corredor de rua e piloto virtual.
7 comentários:
Ico, foi neste GP que o Senna exigiu que o pole largasse do lado externo à primeira curva?
Se sim, provavelmente a ira dele no briefing foi pelo fato de todos terem concordado com a colocação do Piquet sobre quem passa reto na chicane, e ninguém (provavelmente) ter concordado com o Senna sobre a reformatação do grid...
Sobre a manobra, assino embaixo. Complemento com algo muito triste, que é o fato do brasileiro em geral defender esta vendeta de 1990, como se fosse de alguma forma justificável. Isso só me lembra o povão vaiando os atletas estrangeiros no Pan.
[]s
Caro Ico,
Muito legal este vídeo. Um verdadeiro enredo que poderia muito bem render um prêmio do festival de Cannes.
Essa coisa de pregarmos comportamentos éticos é muito discutível. A ética que vale para mim ou para você é muito distinta a ética do mundo da F1 ou a ética num morro do Rio de Janeiro. Para cada mundo há um próprio código e o que o Senna ou o Schummacher fizeram em suas carreiras foi apenas segui-las.
Abração!
Ah! O vídeo era em japonês? Nem notei hehehehehe!!!! Lembrei de tudo.
Para falar a verdade eu adorei a hora que bateu. Foi tão sacana como em 1989. Só que naquele ano o Balestre desclassificou o Senna por ter sido empurrado, mas depois de muitos anos confessou que ajudou o Prost. Quem começou a sacanagem foi o Prost.
O Senna queria que mudassem o lugar da pole porque o lado de dentro ficava sujo. Era uma solicitação justa.
Realmente o encontro com o Senhor Soichiro foi muito legal. Imagine o que significava esse homem no Japão.
Os tumulos do meu pai e do Senna lá no Cemitério do Morumbi são próximos. Até hoje a gente vê excursão de japoneses lá no Cemitério. Ele era realmente um ídolo.
Quanto ao que Senna reclamou no briefing, foi sobre o ponto de vista do Piquet: que se o piloto perdesse a curva, pudesse seguir em frente cortando o caminho. Por que se fosse voltar(como "deveria" ter sido feito em 1989) na contra-mão isso sim seria perigoso.
Senna foi desclassificado por conta de ter feito justamente isso que o Piquet falou. Por esse motivo, ele ficou puto.
Prost tentou destabilizar Senna com um aperto de mão em Monza, mas Senna deu o troco de 89 . O prórpio Senna disse que 89 estava entalado na garganta dele. FOi um desabafo! Viva o Senna !!!!!!!
Concordo que não foi uma maneira muito elegante de vencer um campeonato mas, convenhamos, esse negócio de levar um tapa e oferecer o outra face, só na Bíblia, né.
Eu confesso que para mim, foi um pouco frustrante acordar às 4 da manhã (eu, o meu avô e o meu pai) e a emoção acabar na primeira curva. Mas de uma certa forma, ele queria vingança e teve-a. A atitude era reprovável, é certo, ele nem queria saber se aquilo era perigoso ou não...
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