Voltando de uma merecida e aproveitada semana de descanso, achei curiosa a ausência de qualquer grande notícia sobre o mercado de pilotos – bem, apenas Vijay Mallya confirmou que deve manter Fisichella e Sutil na Force India para o ano que vem, o que era mais ou menos esperado diante da vantagem de contar com um piloto experiente no desenvolvimento de um carro novo.
Normalmente, esta é uma época repleta de movimentação, o que deixa no ar uma expectativa: será que as peças para o ano que vem já se encaixaram? Ainda é muito cedo para dizer, mas pelas informações que circulam no paddock e na imprensa em geral, parece que este é o quadro. Ferrari, McLaren, BMW, Toyota, Williams e Force India devem manter suas duplas. A Red Bull já anunciou a manutenção de Mark Webber e a vinda de Sebastian Vettel no lugar do já vai tarde David Coulthard
Restam três equipes. A Honda deve manter a mesma dupla, mas ainda espera uma decisão do indeciso Alonso. Só que dificilmente ele sairia da Renault: a pressão que exerce na equipe para o desenvolvimento do motor sinalizaria que ele deve ficar em 2009 para esperar uma oportunidade melhor em 2010, leia-se, uma vaga na Ferrari. É o que todos os jornalistas espanhóis apostam também. As especulações sobre a saída de Nelsinho Piquet para a entrada de Romain Grosjean devem ser levadas a sério, mas vão se esvaindo a cada rodada da GP2. O sentimento geral, dentro da própria Renault, é que uma temporada a mais na categoria de base seria bom para o amadurecimento final da esperança francesa. E a forma recente do brasileiro vem agradando.
Resta a Toro Rosso, onde a base para a escolha de pilotos é definida: um é o “do Berger”, outro, “da Red Bull”. A vaga que foi aberta por Vettel pertence à empresa e o responsável pelo programa de pilotos, Helmut Marko, gostaria de ver um piloto seu na vaga, o suíço Sébastien Buemi (nome em voga na equipe, diga-se de passagem). Berger, que não teria direito a fazer esta escolha por não se tratar de uma vaga “sua”, quer Bruno Senna – e confia no desempenho do brasileiro nas pistas e no apelo de seu sobrenome fora delas para convencer ao superior de Marko, Dietrich Mateschitz, a dar uma chance ao brasileiro. E quer também Bourdais, pois acha que a experiência do francês seria útil no ano que vem.
É este o jogo político que o tirolês está fazendo no momento. Se a escolha por Buemi prevalecer, Berger pode até mandar Bourdais (o piloto que ocupa a “sua” vaga) embora para dar lugar a Senna. A expectativa é de que este xadrez se resolva por volta do GP da Itália em Monza, quando a temporada da GP2 termina.
5 comentários:
Ico, e o Di Grassi, alguma perspectiva pra ele?
essa explicação do que acontece na STR foi muito esclarecedora.
berger mostrou que tem muito pesso dentro da equipe ao, acho que ele consegue colocar o bruno lá.
Felipe, Di Grassi merece uma vaga na F-1, mas acho que ele só tem chance na Renault - e parece que lá o Grosjean tem prioridade na fila...
Ou seja, Di Grassi não terá vez na F1. Melhor correr para a IRL.
Ico, você acha que o jogo ainda pode virar para o Alonso ir para a BMW ano que vem no lugar de Heidfeld ?
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