segunda-feira, 23 de março de 2009

PLAYSTATION?

Não são poucos os que acham que os pilotos da Fórmula 1 atual são apenas esforçados jogadores de vídeo game. Baseiam seus argumentos comparando-os com a categoria numa era pré-eletrônica, na qual só se contava com um grip mecânico e a arte de equilibrar o instinto de buscar os limites máximos com o de sobrevivência. Hoje, dizem, o carro faz quase tudo sozinho.

Será mesmo? Cliquem na foto acima para ampliar o volante que Nick Heidfeld usa no BMW F1.09. Eu acho impressionante: são mais de duas dezenas de comandos para ele acionar, das mais distintas utilidades. E com as novas regras, o manejar desse instrumento ganhou importância fundamental na busca por vitórias.

Quem ouviu no Tazio a entrevista de Felipe Massa percebeu isso: o brasileiro destacou a necessidade de usar o KERS da maneira mais eficiente possível em todas as voltas. E sinalizou que o acionamento da asa dianteira móvel acontecerá na entrada de curvas de alta velocidade (e a busca no acerto será por um carro que saia de frente ali), com a necessidade de voltar o flap à sua posição original na saída das mesmas.

Ah! Não vamos esquecer que todo esse trabalho de regulagem desses botões e chaves do volante ocorre enquanto os pilotos estão voando baixo na pista, negociando com forças G intensas e com adversários ferozes.

Que nem Playstation? Acho que não!

13 comentários:

Tuta Santos disse...

Quem desdenha, simplifica.

Klauss disse...

Depois reclamam pelo Massa não ter visto a luz vermelha no Canadá em 2007! heuehuehuehuehu

Anônimo disse...

Nem uma coisa nem outra. Hoje é mais difícil andar rápido em um F1 em função do conjunto de acertos que se muda em uma volta.
Antes era difícil em outro sentido, no de preservação do pescoço, era só instinto. A quantidade de ajuda eletrônica hoje é para que o carro permaneça o máximo de tempo com giro alto, no fundo é isso.

Boa viagem ICO. Ah, depois de umas seis horas no avião já dá vontade de tomar banho. Viagem longa é fogo!

Anônimo disse...

E mais um detalhe: usam esses botões usando luvas... coloque umas boas luvas de corrida e tente usar seu controle de playstation...

Fleetmaster disse...

O cara tem que ser bom de braço e bom de playstation também !!

Anônimo disse...

O numero de controles no volante realmente sempre me impressionou. Mas vale lembrar que muitas das aletas não são usadas o tempo todo e servem apenas para que o piloto comunique a equipe configuração de pneus, asa, etc quando vai parar no box.

O que, logicamente, não tire o mérito dos pilotos em lidar com a complexidade do equipamento.

Léo Engelmann disse...

Nossa.

Será que Mosley Ecclestone & agregados restringirão os controles no volante, limitando-se apenas ao rádio?

Sei não...

Daniel Médici disse...

A função de piloto é tão difícil hoje, provavelmente, quanto no passado. Exceto pelo fato de que eles devem pagar tarifas muito menores de seguro de vida hoje em dia...

Mas a questão dos botões é muito mais complexa do que isso. Antes os carros eram máquinas. Se você abrir ao meio uma BRM, você descobre como ela funciona. Se você abrir uma BMW-Sauber, você continuará não sabendo como ela funciona. Hoje os pilotos não lidam mais com máquinas, mas sim com símbolos. E isso muda totalmente a função do piloto.

Ron Groo disse...

Bem... Talvez se eu vivesse só de pilotar, conseguiria entender mais fácilmente o funcionamento do volante.
Não que seja fácil. Definitivamente é trabalhoso, mas cada qual na sua. Aposto que Haidfeld também não desempenharia minhas funções no trabalho assim tão facil quanto eu pareço fazer que é.
Putz, como fui modesto...rsrsrsrsrs

Anônimo disse...

Ico.
É botão pacas, mas vc consegue dizer oq cada um deles faz??
Boa pesquisa pra passar o tempo de vôo.
Abraços
Luiz

Anônimo disse...

Eu acho que mesmo com todos esses botões o trabalho é facilitado para o piloto sim. Porque é o engenheiro do piloto que fala para ele quando apertar cada botão. Ou seja, não depende da sensibilidade do piloto em saber quando realizar cada procedimento. Por exemplo: o cara está na frente e quer poupar o equipamento para não correr o risco de sofrer uma quebra, então o engenheiro fala para ele apertar uma série de botões, reduzindo giro de motor, mudando a mistura de combustível, etc. O piloto continua guiando quase da mesma forma que antes. Já antigamente, quando não tinha todos esses controles, o piloto que queria poupar o carro teria que fazer isso "manualmente", acelerando menos, freiando um pouco antes e de forma mais suave etc, dependendo assim da perícia do piloto. Por isso eu acho que esses controles deveriam ser proibidos, deixando o carro com o mesmo acerto do início ao fim da corrida, exeto com as mudanças feitas no pit stop.

Anônimo disse...

Sempre achei essa história de que "antigamente era melhor"; "antigamente era mais difícil" um papo de nostálgico, que se nega a aceitar a nova realidade. Pessoa que, independentemente da idade, simplesmente envelheceu.
Guiar um carro desse não é para qualquer um. Fórmula 1 continua sendo um desafio tremendo a todos os pilotos

Anônimo disse...

Duas perguntas:
Será que isso melhorou a F-1?
Será que isso é mesmo necessário?