terça-feira, 15 de dezembro de 2009

FOTO DO DIA – GP DE MACAU DE 2005

Tenho lido nos últimos dias uma minoria de comentários de alguns torcedores criticando o fato de Lucas di Grassi ter chegado à Fórmula 1 levando patrocinadores brasileiros para a equipe Virgin. Claro, cada um tem o direito de ter sua própria opinião. Mas é sempre bom tentar enxergar as coisas em perspectivas diferentes. Em primeiro lugar, o fato de um piloto levar um aporte financeiro a um time não deveria ser um demérito por si . Seria no caso de alguém como o angolano Ricardo Teixeira, que se arrastou no fundo do grid da GP2, mas conta com a vasta contribuição da Sonangol. que Di Grassi (ou Bruno Senna, por exemplo) é um piloto com um punhado de vitórias na GP2, contra uma concorrência forte. O fato de gente assim trazer dinheiro para um time é uma excelente via de mão tripla: eles garantem mais recursos para a equipe se desenvolver e ganham mais chances de contar com um equipamento competitivo para o crescimento deles próprios. E, no final das contas, ver bons resultados aparecerem é o objetivo das empresas que investem.

Mas
a chance de Lucas Di Grassi apareceu por momentos como esse da foto acima (ou os do vídeo abaixo). Foi defendendo a equipe Manor de John Booth que o brasileiro venceu o concorrido e dificílimo GP de Macau de Fórmula 3, em 2005. E teve de travar uma grande batalha com Robert Kubica para prevalecer no final. Além de superar o polonês e um imberbe Sebastian Vettel, o brasileiro ficou à frente também de Kazuki Nakajima (quinto colocado) e Romain Grosjean (nono), todos nomes que estão ou que tiveram pelo menos uma chance de estar na Fórmula 1.

John Booth escolheu Lucas di Grassi
porque confia no potencial que viu de perto em Macau. Por esta demonstração de confiança do inglês, pelo que eu vi na GP2 e pelo que ouvi de várias pessoas que trabalharam com ele na Renault, o piloto tem boas chances de se estabelecer na Fórmula 1. Como a primeira impressão é a que fica, resta torcer para o carro da Virgin nascer com potencial para se tornar competitivo. Porque a dupla do time tem capacidade para desenvolvê-lo, disso eu tenho certeza.

11 comentários:

Roberto Costa disse...

"...torcedores criticando o fato de Lucas di Grassi ter chegado à Fórmula 1 levando patrocinadores brasileiros para a equipe Virgin."


A empresa é uma multinacional que não costuma "fazer graça" e de repente seus olhares não estão fixados apenas no mercado doméstico!

Esteban disse...

Cornetas, apenas isso Ico.

Hoje é indispensável trazer patrocínio para chegar a F1, principalmente nas novatas.

Mas Lucas conseguiu patrocínio graças a seu grande talento, apenas isso, e não devido a amizades influentes ou sobrenome famoso.

É o cara que mais merece essa vaga já a alguns anos.

Como você disse, vai depender do carro, mas as chances dele, individualmente falando, ter uma carreira de suceso na F1 são grandes.

Esteban disse...

* sucesso

Herik disse...

Não entendo as críticas de alguns torcedores.

Uma multinacional investe na imagem de um piloto como do Di Grassi e logo é taxado de piloto pagante. Mas quando outra empresa investe na imagem e, principalmente, no nome de um piloto como Bruno Senna está tudo bem?

Sinceramente, Di Grassi ralou e fez muito mais no automobilismo até receber sua oportunidade que o próprio Bruno Senna. Outros como Dirani não tiveram essa mesma oportunidade e sequer pilotaram na F1.

Então, boa sorte ao Lucas e que tenha muito sucesso. Porque talento ele tem.

Anônimo disse...

Problema dele vai ser o carro. Ser feito sem túnel de vento é uma aposta bem arriscada.

Diego Valensi disse...

É mesmo, Ico. Que história é essa de carro feito sem túnel de vento? Eu nunca ouvi falar de carro que fosse feito assim. Até veículos de rua passam pelo túbel de vento. Não é uma aposta desnecessária?

Caíque Pereira. disse...

Pra mim a Manor é a mais profissional das novas. Enquanto a Lotus tem grana e mais nada (porque o Gasgoyne é a maior enganação da F1 nos ultimos tempos e vive até hoje de uma Jordan que deu certo)e a Campos arrota que tem um Carro pronto, só que não tem grana suficiente e está disposta a pegar dois pilotos sem experiencia, porque ambos estão levando Grana (Senna e Petrov ou Maldonado), além disso eu nunca vi, desde que acompanho a F1(1969 pra cá), um Garagista ter sucesso como montador de partes, pois não fabricará nada e a gente tem exemplos de Garagistas que usavam o mesmo motor, mas o chassi era seu.

A Manor tem a disposição um Projetista que está começando a revolucionar os Projetos, pois o Porsche Lemans foi projetado assim e colocou no bolso as Lolas, Pescarolo, etc.

Anônimo disse...

...em LMP2, com os outros carros tendo ao menos um gentleman driver, em equipes particulares,nao tirando o merito de que a Porsche faz as coisas seriamente...na ALMS o RS2 dava trabalho ara os LMP1, com os restritores diferentes americanos.

Gostaria de ver a Porsche na LMP1...

RDV

Caíque Pereira. disse...

Ricardo,
Eu também gostaria de ver a Porsche na LMP1 em Le Mans, mas sinceramente, pela minha paixão incontida pela MATRA, que pra mim nunca acabou, gostaria de ver o Pesca vencendo, mas com o Chassi Pescarolo e não com o Peugeot, embora seja o Protótipo mais bonito da atualidade.

Caíque Pereira. disse...

Complementando o post anterior: NADA EM AUTOMOBILISMO DE COMPETIÇÃO SE COMPARA A ENDURANCE, PROTÓTIPOS E TURISMO.

Anônimo disse...

E o Nelsinho, Ico? Vai de nascar mesmo?