O principal assunto do dia para os torcedores brasileiros foi a notícia de Stefano Domenicali praticamente confirmando a manutenção da dupla de pilotos da Ferrari para o ano que vem. Não é a primeira vez que isso acontece. No início de abril, ele já havia sinalizado o mesmo. Eu conversei com gente da BBC para apurar os detalhes da entrevista. Ela foi feita em Maranello nesta semana e deve ir ao ar no domingo. Mas realmente o italiano afirma que Massa vai continuar no time, o repórter em seguida pede para que ele confirme o que disse e ele confirma. Perguntei hoje ao brasileiro sobre seu futuro no time e ele reafirmou seu desejo em ficar, mas disse que não há nada decidido. Interessante que ninguém confirmará nada até um anúncio oficial do time acontecer. No sábado haverá num hotel nobre em Istambul um jantar de gala para comemorar os 800 GPs da Ferrari. Será? Eu acho que ainda não, mas vale ficar ligado.
Dos outros pilotos do país, há muito a destacar também. Rubens Barrichello reconheceu que o problema do motor Cosworth é uma perda de performance após um “número X” de quilômetros completados. Na Turquia ele corre com um novo, mas se a questão persistir a Williams pode jogar todas suas aspirações para a temporada no lixo. Diante disso, uma mudança para um novo fornecedor não só é realista, é recomendável.
Bruno Senna sabe que tem um carro com pouca aderência aerodinâmica e mal pode imaginar seu comportamento na temível curva 8. Segundo afirma, as mazelas da Hispânia só devem diminuir depois de um update importante que ficará pronto para o GP da Inglaterra ou o da Alemanha. Mas o rompimento com a Dallara é visto como um bom negócio, já que isso deve acelerar esse processo de desenvolvimento.
Interessante também foi ouvir da boca de Michael Schumacher que o título não é realista para ele, mas um pouco mais para seu companheiro de equipe. “Nico ainda está numa boa posição, então não desistimos ainda”. Mas, claro, tem um ‘mas’. “Mas temos de pensar no futuro. Não se pode esperar que uma organização nova se estruture em pouco tempo para ganhar um campeonato logo de cara. Continuidade é importante e estou satisfeito com a maneira que o time está se desenvolvendo”.
Do ponto de vista técnico, o que chamou a atenção foi a importância que o chamado “F-Duct”, o duto de ar introduzido neste ano pela McLaren, tem numa pista como Istambul. Red Bull e Mercedes chegam ao final de semana com suas primeiras versões para a solução enquanto que as outras equipes que já trabalham nela (McLaren, Ferrari, BMW Sauber e Williams, se não me esqueço de nenhuma) continuam a desenvolvê-la. Curiosamente, curvas de raio amplo feitas em pé embaixo, como a 2 e a 6 em Istambul, também permitem que o piloto mantenha o orifício no cockpit tapada para ganhar mais velocidade, sem que isso comprometa a estabilidade do carro nela. Um treco engenhoso e interessante. Que vai ficar no passado a partir do ano que vem.
(Fotos Luis Fernando Ramos)
5 comentários:
A Hispânia está com medo da curva 8?
Será que o carro chega até ela em condições na corrida?
Ico... Como são os kebabs ai?
Valeeeeeeeu Ico! Seu blog é show!
www.capacetesf1.blogspot.com
"Mas o rompimento com a Dallara é visto como um bom negócio, já que isso deve acelerar esse processo de desenvolvimento."
Ico, a equipe poderá mexer no carro da Dallara?
Ico, a Force India também utilizará o duto. Pelo menos para testes, né?
Abraço!
Ico,
o seu 'Sera?' é de dúvida quanto aos 800 GPs da Ferrari?
Também tive dúvida e fui conferir:
A Ferrari de 1950 a 2010 esteve inscrita em exatamente 809 GPs (incluindo aí as 500 Milhas de Indianápolis, nos anos 50). Mas...
Em 2 deles não se qualificou para a corrida (ambas as vezes nas 500 Milhas de Indianapolis).
Em 7 oportunidades, a Scuderia Ferrari desistiu de um GP por razões diversas (exemplo: GP Bélgica de 1982, depois da morte de Gilles Villeneuve).
Em 1 ocasião, o único piloto inscrito - Patrick Tambay - desistiu do GP por estar 'contundido' (GP da Suiça de 1982).
Somando tudo, 2+7+1=10.
Logo, 809-10=799.
O próximo GP da lista é o da Turquia, o 800o. GP da Ferrari...
E num é que é mesmo?
um abraço,
Renato
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