Nunca dei ouvidos aos céticos que passaram o ano insistindo que não haverá o GP da Coréia do Sul. Mas os depoimentos deles neste final de semana ganharam em intensidade, contundência e adeptos. A menos de 60 dias do evento, o fato do traçado ainda não ter sido asfaltado preocupa. Mais ainda a realidade de não haver um contingente tão grande de mão-de-obra como os que ergueram, quase no limite do tempo disponível, as pistas faraônicas nos desertos do Bahrein e de Abu Dhabi.
Se o cancelamento do evento for mesmo inevitável, fica a pergunta do que aconteceria. Existem duas correntes. Uma aponta que o Mundial ficaria com uma prova a menos. Afinal, seria logisticamente impossível encontrar uma alternativa a tempo. Contra isso, estaria o desejo de equipes como a Ferrari e a McLaren, que correm atrás do prejuízo diante da líder Red Bull e não querem ter uma oportunidade a menos para isso. Há também uma questão que afeta os milionários contratos dos direitos televisivos que, feitos para 19 etapas, seriam quebrados com um eventual cancelamento. Mas a verdade é que ninguém sabe direito como são estruturados estes contratos e se a questão incorreria em qualquer problema para a FOM de Bernie Ecclestone.
A outra turma aponta que seria possível sim encontrar uma alternativa para substituir a prova. Fala-se no circuito de Losail, no Catar, que foi recém-reformado e elevado a um nível de segurança grande o suficiente para receber a F-1. Outra solução seria utilizar o autódromo de Portimão, em Portugal, que já recebeu um teste da categoria. Realmente, organizar uma prova em dois meses parece incabível. Mas a categoria anda tão confusa e cheia de surpresas que eu prefiro não duvidar de nada. Até porque parece que os céticos, no final, tinham mesmo razão.
(Foto divulgação)
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2 comentários:
Eu sempre votei e sempre votarei no Algarve. É pista de gente grande. Lembremos que a GP2 também corre lá e os pilotos adoram.
Pois é.. Sempre ouvi falar que a Coréia seria o Paraguai da Asia... Olha ai.. Acho que é uma das provas...
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