terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ESQUIANDO NAS NUVENS

A terça-feira foi o dia da Ducati no Wrooom, com as entrevistas coletivas de Casey Stoner e Nicky Hayden. Nada bombástico, como esperado, o australiano confiando que vai brigar pelo título e o norte-americano apostando em seu crescimento dentro da equipe. Aliás, o dia que normalmente rende frases mais interessantes em Madonna di Campiglio é a quarta-feira, quando falam os Domenicali: primeiro Cláudio, da Ducati; depois Stefano, da Ferrari – e nãoparentesco entre eles, curiosamente.

A
tarde é reservada para esquiar, o esporte que eu mais gosto de praticar ao lado de kart e futebol. É sempre uma oportunidade para relembrar alguns grupos de músculos que ficam meio esquecidos ao longo do ano; e também que aquelas malditas botas apertam muito! Mas todo o sofrimento é recompensado pela sensação de velocidade, o vento no rosto, o desafio de coordenar os movimentos a cada curva para descer a montanha em equilíbrio e segurança.

Hoje
, aliás, foi preciso cuidado redobrado. Resolvi subir logo à montanha mais alta da região, uma pista que inicia a quase 2500 metros de altitude. Mas o tempo frio e fechado fez com que mergulhássemos numa nuvem antes de começar a descida. Esqui às cegas, num ambiente quase surreal, mas que exige muito cuidado e atenção para se manter sempre na pista.

Mais
tarde, numa altitude normal, encontrei um professor de esqui que havia me dado umas dicas no ano passado. “Você está indo bem. Vai participar da corrida de sexta-feira”, perguntou ele. É claro que sim! “Vou tentar ser o melhor brasileiro. Mas se for entre os jornalistas”, brinquei, sabendo que nenhum colega vai participar da prova e que contra Felipe Massa e seus amigos também pilotos de corrida, eu não teria chance – o ano passado me mostrou isso. “Imagina, você vai ganhar! jogar o centro de gravidade para baixo e atacar as curvas”, indicou.

Fiquei empolgado e resolvi
dobrar a velocidade da minha descida, ultrapassando com destreza bandeiras que marcavam um traçado imaginário, esquiando em busca da vitória de minha corrida particular. Não demorou muito para eu ser ultrapassado por um batalhão de gente de vermelho, que passava por todos os lados – eram diversos professores do lugar, mais Massa e Fernando Alonso. Deslizavam sobre a neve perfeita (como é comum em um dia nublado como hoje) com o triplo da velocidade que eu desenvolvia.

É. Acho
que nem se eu fosse de trenó tinha jeito.


4 comentários:

Unknown disse...

pista linda.. é a tretre?

mais três semanas e estarei esquiando em altoadige... não vejo a hora.

Ico, vai correr no oAo este ano? se for nos vemos lá...

Beatle Ed disse...

Enquanto isso aqui no Rio os termômetros chegam aos 45ºC!

Tá difícil de aturar!

Ron Groo disse...

Tá... O cenário é bonito e tudo, mas o frio faz com que eu queira ficar bem longe.

Luiz Bremer disse...

Tá precisando de um estagiário? Hehehehehe, ô vida chata essa sua, não?
Boas descidas e se vir que vais cair, deite!