1 – Eau Rouge (Spa-Francorchamps)
A rainha de todas as curvas. Agora tiraram um pouco de sua pimenta, mas ainda é o grande mito, o Everest da Fórmula 1. Porque o piloto precisa de tudo: coragem e sabedoria. Você precisa se decidir ainda na inclinada descida: ‘farei ela de pé embaixo ou não?’ O cérebro diz não, mas o coração fala sim. Depois da quebra esquerda-direita na base, tem uma subida inclinada. É como se jogar contra uma parede. Você se sente um piloto de caça. Com certeza, a curva mais desafiadora da F-1!
2 – Jochen-Rindt-Kurve (Zeltweg)
Não é por motivos sentimentais – mas uma chicane seria um insulto para Jochen. Uma ondulação na entrada, a inclinação da curva te joga para fora e você está a mais de 200 km/h na saída dela
3 – Bosch-Gösser-Kurve (Zeltweg)
Mais uma curva típica de Österreichring. Você jogar o carro tranqüilamente na entrada da curva e ainda assim ganha velocidade
4 – R-130 (Suzuka)
Eu a coloco acima de outras curvas de Suzuka como a ‘Degner’ ou a ‘Spoon’. Difícil de prever a saída, tem ondulações, o carro fica nervoso... e é rápida, chegamos a uns 260 km/h. Às vezes, a pista acaba na saída...
5 – Parabólica (Estoril)
É como se não terminasse nunca, cheia de ondulações e bem difícil a mais de 250 km/h. (Jacques) Villeneuve apostou uma vez com seus mecânicos que conseguia fazer ela por fora com o pé embaixo. Eles o desaconselharam, mas ele ganhou a aposta...
6 – Copse (Silverstone)
É a primeira curva depois da largada. E tem de ser feita às cegas, porque você não tem como ver a entrada e nem o apex, fica quase pendurado para fora do carro e é brutalmente rápida – quase de pé embaixo a 270 km/h
7 – Lesmos (Monza)
A primeira perna a 220 km/h, a segunda a 240 km/h. Extremamente complicada, porque você anda praticamente sem asa em Monza por causa das retas – e precisa desesperadamente de pressão aerodinâmica para fazer as Lesmos
8 – Casino (Mônaco)
Quem quiser saber de verdade o que é a Fórmula 1 só precisa ficar olhando os carros na saída dela, na parte de fora – mas atrás de uma proteção bem grande! A Massenet é feita à esquerda a 260 km/h, em cima do morro tem estômago sai prá fora, mesmo assim você tem de diminuir a marcha, virar numa fração de segundo mesmo com a ondulação te atrapalhando e descer com a maior velocidade possível para a Mirabeau
9 – Tamburello (Ímola)
Feita de pé embaixo no seco, um pouco mais difícil no molhado. Foi a curva em que morreu Ayrton Senna. Eu também tive uma batida forte por lá. Dissem que uma batida na Tamburello te deixa um segundo mais lento. Então eu deveria ser um piloto absurdamente rápido...
10 – Blanchimont (Spa-Francorchamps)
Curva cega, feita de pé embaixo a mais de 300 km/h – e você passa a centímetros do guard-rail. Na parte interna tem uma zebra muito alta, que exige muito cuidado. Quase tão difícil quanto, as duas últimas curvas de uma volta em Barcelona, feitas a mais de 250 km/h
4 comentários:
Maravilhoso post... Estou transportando ele para o FOVE, para abrir a discussão sobre as melhores curvas do automobilismo na visão de cada um...
Espero que não se zangue, o devido crédito vai junto.
Interessante mesmo. A inclusão do Casino faz muito sentido - há um vídeo no Youtube de algumas voltas do Berger nos treinos oficiais do GP de Mônaco de 95... Recomendo a todos que vejam as derrapadas que ele dá na referida curva.
Da época do Berger, também tinha aquela última curva do circuito Hermanos Rodrigues, México: a Peraltada! Uma longa curva a direita que era feita em 5a ou 6a marcha!
Alias, o próprio Berger tomou uma ultrapassagem por fora do Nigel Mansell nesta curva.
Saudade das corridas no Estoril... Senna amava essa pista...
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